Os possíveis efeitos do coronavírus no sistema respiratório e, principalmente, no coração podem afetar a prática esportiva. Daí porque a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicaram um documento com orientações para o retorno seguro às atividades físicas após a infecção pelo Sars-CoV-2.
As diretrizes trazem indicações tanto para atletas profissionais como para quem se exercita em busca de saúde e diversão. Confira, abaixo, as principais recomendações.
Quando é seguro voltar aos exercícios?
Há dois pontos a considerar. O primeiro é a capacidade de transmitir a doença. Afinal, mesmo quando os sintomas cessam, é possível que ainda haja uma carga viral no organismo capaz de infectar outros. É necessário esperar pelo menos 14 dias sem ter quaisquer sinais da Covid-19 para se considerar curado. E o isolamento vale não apenas para a prática esportiva, mas para o convívio com outras pessoas.
A outra questão a refletir é o tamanho do estrago que o Sars-CoV-2 provocou. Casos mais graves em geral geram sequelas que demoram mais para sumirem. E cada uma dessas complicações vai exigir uma avaliação profissional para verificar quanto interferem no exercício físico. Independentemente de tudo isso, o retorno deve ser gradual. Nem pense em buscar o mesmo desempenho de antes da infecção logo na primeira sessão de ginástica.
Qual a intensidade e frequência dos exercícios?
Após se livrar do coronavírus, aquela recomendação geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) continua valendo. São pelo menos 150 minutos de exercício aeróbicos leves a moderados por semana ou 75 minutos de atividade intensas. E duas sessões semanais de treinamento de força. Porém, não esqueça que o retorno aos esportes tem que ser progressivo.
Orientações para quem teve Covid-19 leve ou assintomática
Os autores das diretrizes defendem que, mesmo nesses casos, é bom passar por uma consulta e realizar um ecocardiograma (ECG). O exame checa o funcionamento do coração.
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