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Domingo, 16 de Fevereiro de 2025

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Eu acredito na educação como forma de revolução cultural

Grandes civilizações foram aquelas que se organizaram ao entorno da educação e que contavam os grandes feitos dos seus heróis.

Felipe Alves - Sociedade
Por Felipe Alves - Sociedade
Eu acredito na educação como forma de revolução cultural
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As grandes civilizações foram aquelas que se organizaram ao entorno da educação, nas quais se valorizava o habito de reunir crianças e jovens para contar os grandes feitos dos seus heróis do passado.

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Essa prática estimulava no ouvinte várias virtudes, como o sentimento de pertencimento a um povo, o altruísmo, o senso de coletivismo e reverência ao legado que os antigos construíram.

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Diante disso, consequentemente, era-se despertada no aprendiz a motivação, o interesse e a curiosidade de querer saber mais concernente as técnicas da natureza, da astronomia, da linguagem, da matemática, dos deuses ou religião, dentre outras.

Assim sendo, a educação estava-se intrinsecamente relacionada com a ideia de virtude. Ou seja, existe um propósito e um sentido da vida em querer estudar. Em tempos atuais, as grandes críticas que se fazem em relação à educação no Brasil estão relacionadas com a falta de investimento público nos professores, nos prédios e nos alunos.

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Ok. Até certo ponto, está correta essa afirmação, todavia, não é somente isso, pois o mercantilismo de mercado conduziu a educação brasileira para mera obtenção de certificado de conclusão de curso, ao passo que no final, o indivíduo com o diploma na mão, é jogado no mercado sem saber o que fazer com todas as informações que adquiriu ao longo de determinado ensino.

Logo, uma pedagogia que afasta a educação de referenciais de virtudes, valores e tradições culturais, acaba por reproduzir meros conhecimentos tecnicistas engessados, deixando o aluno sem motivação alguma para querer aprender, uma vez que, o conhecimento que ele ou ela absorvem, não fará sentido algum para a sociedade.

Portanto, é mais fácil e mais atrativo para os jovens e adolescentes seguirem, sem critério de exigência alguma, qualquer digital influencer, mesmo que este pratique idiotices na internet, produzindo e reproduzindo uma cultura bestializada de massa.

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Assim, de que maneira a nossa sociedade brasileira terá capacidade de senso crítico e reflexivo sem uma pedagogia que o instigue a leitura dos clássicos? De que maneira a nossa sociedade terá critérios para avaliar o que é uma boa e uma péssima música, bons contos e ficções se não tivermos um sistema pedagógico que estimule os cinco sentidos dos alunos?

Desse modo, se a nossa sociedade não consegue filtrar ou tem sérias dificuldades cognitivas para avaliar e discernir entre o que é uma boa e uma péssima musica; entre uma novela e uma ficção de qualidade; dentre tantos outros exemplos, o mesmo se estende para os critérios de escolha de políticos, onde a sociedade entregará nas mãos destes a autoridade para conduzir os seus destinos.

Portanto, a educação desejável é aquela que tem como núcleo pedagógico o estímulo das habilidades plenas do aprendiz e que o incute a ideia e a percepção de propósito, relevância e agenciamento de transformação no meio em que vive.

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Por fim, diante de todas essas provocações que faço, concluo afirmando o que diz a Constituição Federal de 1988, que a educação é dever do Estado, da família e da sociedade civil organizada.

Que as nossas autoridades que ocupam cargos eletivos e temporários, tenham a sensibilidade de reunir a sociedade civil organizada para debater métodos de valorização da educação no Brasil, começando pela cidade que mora.

 

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