Bem-“star”, como propósito de vida. Talvez essa proposição assertiva seja um tanto quanto “obscena”, no sentido literal da palavra com seus “insignificados” da imoralidade e indecência de quem se atreve a escrever a ideia de “bem-estar” (a liberdade poética neste momento se faz mais do que necessária, no melhor estilo de Deleuze que propõe na filosofia a criação de conceitos).
Há uma obscenidade incutida na subjetividade do individualismo a quem tem se mostrado, tão a flor dos diálogos corriqueiros. Neste jogo de palavras, o bem contrapõe o mal e o “star” contra põe a escuridão de uma forma a declarar no imaginário o brilho de uma estrela que, após percorrer milhares de quilômetros vem anunciar a chegada do anoitecer, em um vai-e-vem entre surgir e esmaecer.
Então como não “star” bem ao contemplar um grão de luz que insiste em alcançar o fundo da retina. Seria possível que ao sentar na varanda e observar entre o imenso espaço não vazio, pudéssemos encontrar um “star” bem ou em meio a um caótico movimento singular do chamado, socializar.
Talvez o bem-“star” seja o simples fato de sentir-se bem, consigo e com os outros, mas como compreender esta implicação do jogo de palavras, sem praticar o bem e sem olhar a quem. Sem olhar para o lado e não ter a sensibilidade de perceber as necessidades alheias. “Ah! Esses homens de bem! Os homens de bem não dizem a verdade. Ser bom dessa maneira é, para o espirito, estar doente” (Zaratustra).
Por que não ser o star de alguém? E projetar uma possibilidade de não individuação, mas de consciente coletivo onde a empatia será a estrela norte das relações humanas.
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