Parece que on-line todos tem coragem de criticar o outro, né? Se tornou algo banal e cotidiano comentar xingamentos horríveis em postagens. Difícil é ter coragem de questionar os dois lados, de levar a informação adiante sem “rabo preso” com ninguém e nenhum partido político. Ando cansado dessa guerra à la Gre-Nal que só cresce nesse país, onde o novo normal é atribuir posições às pessoas e empresas antes de conhecê-las. “Só leio quando é do meu lado; só consumo quando é igual minha opinião”. É a velha regra do “tudo bem se me convém”. Isso sim fomenta uma segregação social.
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Se eu saio com a camisa da Seleção Brasileira, eu automaticamente votei no Bolsonaro. Se digo publicamente que não sou racista, então eu sou comunista. Se exponho meu respeito pela causa LGBT, sou eleitor da Manuela e Boulos. Se decido fazer um curso de tiro, eu sou defensor da ditadura. Se simpatizo com a direita, não posso entrar em um museu público. Se simpatizo com a esquerda, tenho que demonizar os empresários. Se nasci branco, sou obrigado a pagar uma dívida histórica com os negros. Se nasci preto, sou obrigado a cobrar tal dívida.
Acredito que faltam políticos e líderes “bilingues em sociedade”, que falem essas duas línguas e façam essa ponte entre esses ditos “dois mundos”. Para ir pra frente. Do contrário, caminhamos para uma iminente guerra civil causada por opinião. Em breve, no Brasil e no mundo. O nível que chegamos é grave. Todos escancaram publicamente seus xingamentos, incluindo artistas famosos e youtubers influentes. Um lado incita o ódio para atacar; o outro, também o faz para se defender. Se pudesse fazer um pedido hoje, pediria que paremos de brigar e julgar sem razão enquanto há tempo. Mas… não sei se ainda há tempo. Enfim, que Deus tenha misericórdia desse país e… salve-se quem puder.
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