O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou na noite da quinta-feira (08) sua saída do PSDB, partido ao qual foi filiado por 24 anos. A filiação ao PSD está marcada para esta sexta-feira (09), em uma cerimônia na sede da direção nacional da sigla, em São Paulo.
Leite informou, por meio de nota pública, que a decisão foi motivada pelas mudanças no cenário político nacional e regional. Ele também mencionou que continuará atuando com base nos princípios que nortearam sua trajetória até aqui. A saída ocorre em meio à discussão sobre a fusão entre PSDB e Podemos, proposta que tem recebido críticas internas, incluindo de Leite.
O governador assume a presidência estadual do PSD no Rio Grande do Sul e é tratado internamente como possível pré-candidato à Presidência da República. Dentro do partido, há também a expectativa de que ele possa disputar o Senado em 2026, hipótese que ainda está em análise.
Com a desfiliação de Leite, o PSDB passa a contar com apenas um governador no país, Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. No início de março, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também deixou o PSDB e se filiou ao PSD.
A Executiva Nacional do PSDB lamentou a saída de Leite, destacando que a decisão ocorre durante um processo de reestruturação partidária e de construção de um novo projeto nacional. Em nota, a legenda reafirmou seu compromisso com a defesa da democracia, da responsabilidade fiscal e do equilíbrio institucional.
A direção estadual do PSDB também se manifestou, expressando respeito à decisão de Leite e reiterando a continuidade do apoio institucional ao governo estadual, mesmo com a mudança de filiação do chefe do Executivo.
Leite se filiou ao PSDB no início da vida pública e ocupou diferentes cargos eletivos e administrativos pelo partido. Sua saída marca uma nova etapa em sua atuação política, agora vinculada ao PSD.
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