Uma mulher foi presa preventivamente nesta quinta-feira (2), em Balneário Pinhal, no Litoral Norte do Estado, suspeita de torturar o próprio filho, de 15 anos. O caso foi registrado após a escola do adolescente acionar a Polícia Civil ao notar a ausência do aluno por dez dias. Quando retornou, ele apresentava as mãos enfaixadas e relatou ter sido queimado em um fogão pela mãe, como forma de punição por um suposto furto.

De acordo com a investigação, além de provocar as lesões, a mulher não buscou atendimento médico para o filho e teria utilizado sal de cozinha sobre os ferimentos. O adolescente foi encaminhado posteriormente a um hospital, onde foram identificadas queimaduras de terceiro grau nas duas mãos, além de sinais de infecção avançada e risco de amputação. Profissionais de saúde também relataram odor característico de necrose.
O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou os procedimentos. A mãe foi localizada no balneário Magistério e, após os trâmites legais, levada ao sistema prisional. A ação ocorreu durante a terceira fase da Operação Elo de Proteção, que atua no enfrentamento a crimes contra pessoas em situação de vulnerabilidade.

A mulher responderá, durante o inquérito, pelos crimes de tortura e omissão de socorro. O adolescente segue internado, recebendo tratamento médico para recuperação das lesões e da sensibilidade nas mãos.
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