A Prefeitura de Guaíba assinou o decreto 008/2022 que institui situação de emergência na cidade e montou um comitê de crise para ajudar as vítimas do severo temporal destrutivo que atingiu a região central e Zona Norte do município na tarde de segunda-feira (17). Um ponto de coleta 24h foi montado no prédio da prefeitura (Av. Nesta de Moura Jardim) para receber doações de lonas, telhas, roupas de cama, colchões, alimentos não perecíveis e outros. Dentro os danos estão a destruição de cerca de 80% da Escola Carmem Alice Laviaguerre (CIEP) e da Igreja Betel, na Cohab, e a estimativa de 1500 casas destelhadas na cidade.
Entenda o que aconteceu em Guaíba
Segundo a MetSul Meteorologia, o vento passou facilmente dos 100 km/h na cidade, porém não foi tão forte em outras da região, não havendo danos severos registrados por exemplo em Porto Alegre, na outra margem do Guaíba. Uma imagem de satélite mostra o momento em que o temporal chega na cidade, vindo da direção Oeste. O fenômeno é chamado de downburst (em inglês), que é uma micro-explosão causada sob a célula de uma tempestade.
Conforme a MetSul, ainda é uma análise muito preliminar e não se tem evidências que tenha acontecido um tornado. Este tipo de fenômeno pode causar ventos até mesmo acima de 150 km/h e é formado pelo aumento da humidade em massas de ar extremamente quentes, o que vinha acontecendo nos últimos dias na região, com temperaturas próximas dos 40°C.
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