Foi concluído na madrugada deste sábado (26) o julgamento de Alexsandro Alves Gunsch, 49 anos, acusado pela morte de Débora Michels Rodrigues da Silva, 30 anos, em Montenegro. O júri, realizado no Foro da cidade, teve duração aproximada de 17 horas.
Gunsch foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por homicídio qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A decisão foi anunciada pela Juíza Débora de Souza Vissoni, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montenegro. Cabe recurso.
O crime ocorreu em 26 de janeiro de 2024, durante um processo de separação entre Gunsch e Débora. Conforme o processo, após o fato, o corpo da vítima foi deixado na calçada em frente à residência dos pais dela.
Segundo o relato do réu à Polícia Civil, durante uma discussão, houve agressões físicas entre os dois. Ele declarou ter imobilizado a vítima e, após perceber que ela não apresentava sinais vitais, transportou o corpo em seu veículo até o local onde foi encontrado.
O Ministério Público sustentou a tese de que houve premeditação e apontou que a morte ocorreu por asfixia mecânica. A acusação defendeu que o crime teria relação com o término do relacionamento e o sentimento de posse do réu.
Alexsandro Gunsch se apresentou à polícia dois dias após o crime e permanece preso desde então. O primeiro julgamento, inicialmente previsto para março, foi adiado devido à substituição da defesa.
Débora Michels atuava como personal trainer em Montenegro, área em que trabalhava desde 2011, e possuía formação em Educação Física.
Como buscar ajuda em casos de violência
Se você está sofrendo ou presenciando uma situação de violência, saiba que existem serviços disponíveis para proteção e orientação. Veja como agir:
Brigada Militar – 190
Em situação de emergência, ligue imediatamente para o 190. O atendimento é gratuito e funciona 24 horas por dia em todo o Estado.
Polícia Civil
Se a violência já ocorreu, procure uma Delegacia da Mulher. Caso não haja uma unidade especializada em sua cidade, qualquer Delegacia de Polícia pode registrar o boletim de ocorrência e solicitar medidas protetivas.
Em Porto Alegre, a Delegacia da Mulher está localizada na Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia, no bairro Azenha. Telefones para contato: (51) 3288-2173, 3288-2327, 3288-2172 ou disque 197 (emergências).
Delegacia Online
Também é possível registrar a ocorrência de forma virtual, pela Delegacia Online, facilitando o pedido de medidas protetivas sem a necessidade de deslocamento.
Central de Atendimento à Mulher – Disque 180
A Central funciona 24 horas, todos os dias, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil. O atendimento é gratuito, anônimo e oferece orientações, acolhimento e encaminhamento para a rede de proteção.
Defensoria Pública – 0800-644-5556
A Defensoria oferece informações sobre direitos e apoio jurídico gratuito. A vítima pode procurar a unidade mais próxima ou entrar em contato por telefone.
Centros de Referência de Atendimento à Mulher
Esses espaços oferecem atendimento psicológico, social e orientação jurídica para mulheres em situação de violência. Procure o centro mais próximo para receber suporte especializado. Guaíba conta com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Jussara Brito - CRAM, que fica localizado na Rua Santa Catarina, 81, Centro.
Não hesite em buscar ajuda. Existem redes de apoio preparadas para acolher e proteger você.
Comentários: