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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024

🚔 Segurança e Polícia

Ministério Público solicita prisão preventiva de mãe de menina encontrada morta em Guaíba

Promotor recorre à Justiça para reverter monitoramento eletrônico por prisão preventiva

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Ministério Público solicita prisão preventiva de mãe de menina encontrada morta em Guaíba
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado para solicitar a prisão preventiva da mãe de Kerollyn Souza Ferreira, de nove anos, cujo corpo foi encontrado em um contêiner de lixo em Guaíba, no dia 9 de agosto deste ano. Em 24 de setembro, ao denunciar a mãe da menina, o promotor de Justiça Rafael de Lima Riccardi já havia solicitado a prisão. No entanto, a Justiça optou por substituir a reclusão pelo monitoramento eletrônico.

O novo recurso foi protocolado no dia 2 deste mês, e o MPRS aguarda a decisão judicial. A mãe da vítima foi denunciada por homicídio doloso qualificado, com base em omissão relevante, e pode ser julgada pelo Tribunal do Júri. Segundo a denúncia, a acusada teria descumprido o dever legal de proteção, criando risco à vida da filha ao administrar medicamentos. Ela também foi denunciada por maus-tratos em relação à filha e outros três filhos.

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O pai de Kerollyn também foi denunciado, acusado de abandono material, por não prover subsistência à criança, mesmo após recomendações da rede de proteção. Ele também poderá ser julgado pelo Tribunal do Júri em função de crime conexo.

Contexto do caso

O corpo de Kerollyn Souza Ferreira foi encontrado em um contêiner de lixo em Guaíba, na manhã de 9 de agosto. A mãe da criança foi apontada como principal suspeita. A mãe de Kerollyn, Carla Carolina Abreu de Souza, foi presa temporariamente em 10 de agosto, suspeita de responsabilidade pelas circunstâncias que levaram à morte da filha.

Ela teria dado um sedativo sem prescrição à criança na noite anterior ao incidente. A mãe, que também relatou o uso do medicamento, acordou na manhã seguinte e percebeu que Kerollyn não estava em casa, voltando a dormir após tomar mais remédios. A investigada também admitiu ter agredido a filha anteriormente. O Ministério Público acompanha o caso e a situação dos outros filhos da investigada.

O pai da vítima também foi denunciado, mas por abandono material pelo fato de deixar de prover auxílio à subsistência da filha, em que pese os encaminhamentos da rede de proteção e o insistente desejo da criança na retomada de contato com o genitor. Ele também pode ser julgado pelo Tribunal do Júri como crime conexo.

 

 

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