TVGO | Guaíba Online

Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025

🚔 Segurança e Justiça

Operação Julieta II investiga 13 pessoas por tráfico de drogas e corrupção na Penitenciária Feminina de Guaíba

GAECO cumpre 10 mandados em cinco cidades e aponta envolvimento de servidoras e apenada que teria movimentado mais de R$ 1 milhão de dentro do presídio

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Operação Julieta II investiga 13 pessoas por tráfico de drogas e corrupção na Penitenciária Feminina de Guaíba
Divulgação/MPRS
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) realizou, na manhã de segunda-feira (3), a Operação Julieta II, voltada ao desmantelamento de uma estrutura criminosa que atuava na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. A ação teve como principais alvos uma policial penal, afastada desde a primeira fase da operação, e uma psicóloga vinculada ao sistema prisional.

Coordenada pela promotora de Justiça Maristela Schneider, do 2º Núcleo Regional do GAECO – Metropolitana, a operação contou com o apoio do promotor André Dal Molin e da Corregedoria da Polícia Penal. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada e São Leopoldo, além de revistas na unidade prisional de Guaíba. As equipes também realizaram o sequestro de um automóvel e uma motocicleta.

Leia Também:

As investigações, iniciadas em junho de 2024, identificaram uma rede organizada, liderada por uma detenta que mantinha controle sobre o esquema de dentro e fora do presídio. O grupo é acusado de facilitar a entrada de drogas, aparelhos celulares e outros objetos proibidos mediante pagamento em dinheiro, transferências via PIX e prestações de serviços diversos. Entre os benefícios concedidos às servidoras investigadas estariam o custeio de reparos em veículos e de mensalidades em escola de idiomas.

Conforme o Ministério Público, os envolvidos utilizavam familiares e pessoas próximas para movimentar valores e ocultar a origem dos recursos. Foram detectadas transações de grande volume, sem identificação dos depositantes, além da aquisição de veículos e abertura de empresas de fachada. A apenada apontada como líder teria movimentado mais de R$ 1 milhão a partir de dentro da penitenciária.

Os crimes apurados incluem tráfico e associação para o tráfico de drogas, corrupção ativa e passiva, prevaricação, favorecimento real, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Operação Julieta II dá continuidade à fase anterior, deflagrada em setembro, que já havia identificado a mesma detenta como responsável pelo comando do esquema.

Comentários: