Em um relato angustiante, uma mulher compartilhou as dificuldades que tem enfrentado com a filha diagnosticada com autismo severo e transtorno de personalidade evitativa. Casada há sete anos, ela descreve que o relacionamento do casal está em crise devido ao comportamento imprevisível da criança, que sofre de extrema ansiedade de separação e frequentemente agride os outros sem razão aparente.
Segundo a mãe, a situação é tão desafiadora que a filha rejeita qualquer tentativa de convivência do casal, o que tem levado a constantes ataques de pânico, incluindo episódios onde ela chega a espumar pela boca. A mãe e o pai já buscaram ajuda médica, com consultas a diversos psicólogos e psiquiatras, mas nada parece ter ajudado a melhorar o quadro da criança.
A mulher, que admite que o casamento está em ruínas, revelou em seu depoimento que, embora se sinta em dívida com a filha, tem sofrido com sentimentos de arrependimento por ser mãe e se sente sobrecarregada por não conseguir dar a ela o cuidado necessário. Ela revelou também que tem buscado alternativas de adoção para tentar retomar sua vida e, em sua própria palavra, não ama a filha, mas apenas cumpre a obrigação materna. "Não a amamos", afirmou a mãe, expressando o desespero que sente com a situação.
Em uma triste reflexão sobre o sistema de saúde mental e o apoio familiar para casos como o seu, a mulher enfatizou o impacto negativo da falta de suporte adequado e de compreensão. Esse relato tocante levanta questionamentos sobre a importância de um suporte contínuo e adequado para famílias que enfrentam a realidade do autismo severo, ao mesmo tempo que traz à tona uma crítica ao sistema de saúde mental, que, segundo ela, falha em oferecer ajuda eficiente para famílias atípicas.
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