A Polícia Civil informou na manhã da quarta-feira (21) o cancelamento da coletiva de imprensa que estava programada para divulgar os resultados do exame toxicológico de Kerollyn Souza Ferreira, uma menina de nove anos que foi encontrada morta em um contêiner de lixo no início deste mês em Guaíba. O cancelamento ocorreu em razão da decretação de sigilo pelo Judiciário.
O exame toxicológico era aguardado, pois poderia esclarecer as circunstâncias da morte de Kerollyn. A mãe da menina, atualmente presa, havia mencionado em depoimento à Polícia Civil que administrava calmantes à filha. Entretanto, ela negou envolvimento direto na morte da criança, apesar de ser considerada a principal suspeita.
O medicamento mencionado, clonazepam, é um ansiolítico que requer prescrição médica devido ao risco de dependência e efeitos colaterais graves, como intoxicação, em caso de uso inadequado.
O pai de Kerollyn, residente em Santa Catarina, informou que vinha tentando regularizar a guarda unilateral da filha junto à Defensoria Pública e que havia registrado várias denúncias de negligência ao Conselho Tutelar de Guaíba. Além disso, o pai relatou um boletim de ocorrência registrado há mais de dois anos, no qual alegava ter sido ameaçado de morte pela ex-companheira, caso buscasse ajuda externa para a filha.
Vizinhos da família também relataram que Kerollyn enfrentava condições de vida precárias, mencionando falta de alimentação adequada e a prática de mendicância nas ruas, além de supostas agressões.
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