TVGO | Guaíba Online

Sabado, 24 de Maio de 2025

📺 TVGO

Sistema online de solicitação de medidas protetivas registra 321 pedidos no RS em uma semana

Ferramenta lançada pela Polícia Civil permite que vítimas de violência doméstica solicitem proteção judicial pela internet

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Sistema online de solicitação de medidas protetivas registra 321 pedidos no RS em uma semana
Gustavo Mansur / Palácio Piratini
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul recebeu 321 solicitações de medidas protetivas por meio da internet entre os dias 24 de abril e 2 de maio. Os registros foram realizados por vítimas de violência doméstica através da Delegacia Online da Mulher, nova funcionalidade disponibilizada para ampliar o acesso à proteção judicial.

Segundo a corporação, dos 321 pedidos feitos, 246 foram encaminhados ao Poder Judiciário após análise técnica. Os demais foram devolvidos para ajustes ou não foram homologados.

Leia Também:

A ferramenta foi disponibilizada após a ocorrência de nove feminicídios registrados entre os dias 17 e 21 de abril no estado. Dados da Polícia Civil indicam que, em 2025, 93% das vítimas de feminicídio não tinham medidas protetivas vigentes no momento da ocorrência.

A Delegacia Online da Mulher pode ser acessada por qualquer pessoa com conta no sistema gov.br. O processo envolve o preenchimento de um formulário com informações detalhadas sobre a situação de violência. A solicitação é analisada por um delegado, que tem até 48 horas para enviá-la ao Judiciário, responsável pela decisão final.

A Polícia Civil e a Corregedoria da Justiça têm reunião prevista para avaliar a possibilidade de automatização do sistema com o objetivo de reduzir o tempo de resposta.

Como funciona o pedido online de medida protetiva:

  1. Acessar a Delegacia Online da Mulher pelo site da Polícia Civil.

  2. Fazer login com a conta do gov.br.

  3. Preencher o formulário com as informações solicitadas, incluindo detalhes da violência e anexos, se houver.

  4. Indicar se há necessidade de abrigo. Nestes casos, o registro deve ser feito presencialmente.

  5. A solicitação é avaliada e, se validada, encaminhada ao Judiciário.

Casos como estupro, sequestro e feminicídio não são atendidos por essa ferramenta e devem ser registrados presencialmente.

Onde buscar ajuda

  • Brigada Militar: emergência – disque 190.

  • Delegacia da Mulher de Guaíba: Rua Professor Freitas e Castro, bairro Azenha, Porto Alegre. Telefone: (51) 3288-2173 / 2327 / 2172 ou disque 197.

  • Delegacia Online: atendimento virtual pelo site da Polícia Civil.

  • Disque 180: Central de Atendimento à Mulher – funciona 24 horas.

  • Defensoria Pública: 0800-644-5556 – orientação jurídica gratuita.

  • CRAM Jussara Brito (Guaíba): Rua Santa Catarina, 81, Centro – apoio psicológico, social e jurídico.

Comentários: