O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo Federal criará um novo programa social. Chamado de Renda Brasil, ele incluirá também, além do público atual do Bolsa Família, os trabalhadores que hoje exercem atividades informais. Em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib), o ministro disse querer "dignificar" essas atividades e que é preciso dar ferramentas para os trabalhadores saírem da assistência social.
O Renda Brasil deverá creditar R$ 300 por mês aos cadastrados no programa. A principal proposta do governo é modificar o conceito do programa atual. Com o Bolsa Família o beneficiário não pode ter emprego formal ativo, ou seja, trabalhar com carteira de trabalho assinada e não pode receber nenhum outro benefício previdenciário ou assistencial, como aposentadoria ou pensão. Já com o Renda Brasil, será possível que o beneficiário tenha outra fonte de renda formal, ainda tendo direito ao benefício.
- "Qualquer brasileiro que cair, em qualquer momento, ele cai no Renda Brasil. Mas se ele não tiver mutilações físicas, defeitos que o impeçam... Às vezes é um idoso, mutilado, que vende bala no sinal, aí talvez não consiga ser empregado e merece ser amparado no Renda Brasil. Mas o outro, mais jovem, pode ter caído emergencialmente. Temos que ter as ferramentas para ele sair da assistência social", disse o ministro.
Atualmente, cerca de 13,5 milhões de brasileiros recebem o Bolsa Família. Entretanto, com o Renda Brasil, deverão ser incluídos 20 milhões de pessoas que recebem o Auxílio Emergencial, mais 11 milhões com direito ao Bolsa Família. O Ministério da Economia esclareceu que novas estratégias foram desenvolvidas ao público de 25 milhões de pequenos empresários e trabalhadores informais.
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