Façamos o seguinte exercício mental de reflexão. E para isso é necessário que você faça a seguinte pergunta: somos responsáveis por nossas ações? Somos responsáveis por nossas escolhas? Ou, na melhor hipótese do espectro da subjetivação, elas seriam um mero resultado da causalidade dos pequenos acontecimentos do dia a dia?
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A “máquina social”, e máquina no sentido de “[...] conjunto das inter-relações de seus componentes independentemente de seus próprios componentes” (VARELA apud GUATTARI, 2012, p. 50), sendo esta a indutora dos modos de vida e promotora da composição de uma realidade não virtual e desterritorializada, mas que de alguma maneira falseia uma virtualidade baseada em um agenciamento maquínico.
O “acontecimento internet” promove uma realidade em que o pseudo “eu”, um “eu” feito de “si próprio” [... Como provavelmente diria o “Ídalo sescual” Alberto Roberto] não somente faz escolhas como as produz. Talvez a bússola daquilo que podemos definir como moral, imoral e amoral esteja totalmente às avessas? Não, não e mil vezes não. [Isso foi no melhor estilo de tá, tá, tá e tá...] o talvez aqui neste caso não se enquadra, pois o óbvio está explícito e a resposta com certeza é sim.
O “acontecimento internet” promove uma realidade em que o pseudo “eu”, um “eu” feito de “si próprio", não somente faz escolhas como as produz.
A retórica é uma obrigação para esse tipo de pergunta, mas, diante dessa conjuntura nebulosa a que estamos acometidos, ou melhor, fomos acometidos pela ignorância, pela insensatez, pelo egoísmo, pela intolerância, pela ingratidão e por uma total irresponsabilidade inclusive por aqueles que optaram pela Tour Eiffel, se faz necessário responder. Claro que a ignorância nesse caso não foi uma bênção, bem pelo contrário e mesmo que não se tenha tido a total noção dos fatos que compuseram o objeto, a falta de conhecimento não é escusável; ainda mais quando temos que assistir semanalmente ao circo que é uma mistura de Al-Qaeda com Zorra Total [... Créditos para o Azevedo].
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Vejamos o seguinte: não adianta pensar de uma maneira que às escolhas impactem somente a sua vida, baseada no “eu”, pois é nesse momento que a causalidade irá compor, irá complementar as lacunas desse egocentrismo, pois, embora a resposta para a primeira e segunda perguntas seja afirmativa, a causalidade permeia todos os caminhos e, sempre que a escolha estiver sob a égide do “eu”, o impacto dela será maior. Diante de toda esta indagação, me ocorreu que é bem provável que a bússola que tenham utilizado para indicar e continuar indicando algumas das escolhas seja a mesma do Jack.
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