A realidade vivenciada nos últimos 18 meses fez eclodir um debate sobre o futuro que estamos construindo. A pandemia impulsionou para que a pauta de empresas fosse preenchida com o tema ESG, conjunto de práticas sociais, ambientais e de governança que são, hoje, inerentes à gestão de negócios. Não se trata de modismo, mas de um a agenda de esforços e benefícios que marcam um caminho sem volta..
Como se sabe, a sustentabilidade, baseada no conceito do triplo resultado e precursora do ESG, é renovada diariamente com as necessidades mais prementes da sociedade. No contexto Social, o impacto nas comunidades do entorno se traduz na geração de valor compartilhado e na cocriação. No Ambiental, destacam-se a gestão hídrica e energética, a logística reversa e a destinação de resíduos. Em Governança, a cultura e política adotadas impactam diretamente a gestão de risco e aspectos relacionados à inclusão, combate à corrupção, direitos humanos, entre outros. Uma gestão integrada e cuidadosa garante longevidade, equidade e valuation à companhia.
Ressalto que no nosso segmento de atuação – o florestal e de celulose e papel –, práticas que conservem os recursos naturais e beneficiem comunidades são essenciais para um ciclo produtivo sustentável. Não apenas na economia circular, cujo alicerce está em usar os limitados recursos do planeta com responsabilidade. A gestão empresarial alinhada ao ESG vai além do equilíbrio entre a arrecadação e o retorno para a sociedade e o meio ambiente: envolve a cadeia de negócio do entorno. Não adianta lançar mão de programas sofisticados se a empresa não estiver aberta a ouvir a comunidade..
Na CMPC, a agenda ESG e da bioeconomia é um valor. Exemplo mais emblemático é o recém-anunciado projeto BioCMPC, que, com investimentos de 2,75 bilhões, fará da unidade industrial em Guaíba (RS) uma das mais sustentáveis em celulose no país. A iniciativa alia novas medidas de controle e gestão ambiental à geração de empregos diretos e indiretos e aumento de capacidade produtiva, contribuindo para a economia local.
Na pandemia, empresas que já tinham a sustentabilidade em suas estratégias de negócio foram as que melhor se adaptaram ao novo cenário. Que esse compromisso se traduza em ações reais que impactem positivamente na vida das pessoas.
Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil, é convidado especial
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