“É sempre amor. Mesmo quando não se realiza. Mesmo quando não lhe é dado o seu lugar de direito. Mesmo quando se esconde, trêmulo, entre as complicações e descaminhos da vida”
Vocês, fiéis leitores, vão sempre me ver - me ler - arejando de muita poesia alguns temas que poderiam ser tratados de forma prática. Me desculpem por isso. O que acontece, é que eu creio, convictamente, no sentimento e no instinto como formas de comunicação das mais confiáveis. É inteligência emocional que chama, não é?
De qualquer maneira, amor e instinto, penso eu, são territórios mais da poesia do que da ciência. E não se enganem: eu amo a ciência e a defenderei. Porém “amo” e sendo, antes de tudo, amoroso, tenho no amor o meu melhor argumento.
É ele, o amor, e não eu, quem joga poesia em tudo. Eu apenas o publico.
Então, com a licença do dia dos namorados, recém passado, eu vou continuar falando do amor, que só nesta página já foi mencionado umas sete vezes sem que nunca se esgote. Sem que nem sequer perca a potência.
Para sair do lugar comum, porém, eu vou falar dele, não nas suas muitas qualidades, mas no seu pior defeito. Pois o amor, estejam avisados, é um notório covarde! Sim. E digo para que ninguém se desgaste, se perguntando nas noites de insônia, se aquilo era amor. Pois, invariavelmente, era! Foi amor mesmo quando não vingou. Foi amor mesmo quando não foi cuidado ou reconhecido. E, em muitas vezes, foi amor mesmo quando não foi dito. O foi, mesmo quando não se mostrou. Pois o amor é esse bichinho arisco que se esconde. Que morre de medo. Que não abre as asas na luz do dia. O amor pode ser essa coisa de voz sumida que gagueja ao confessar que ama. Que prefere mandar mensagens ou deixar bilhetes nem sempre assinados.
O amor é um grande dono de terras. O proprietário de empresas e o maior acionista. Ele é o herdeiro de todo o reino, mas que é modesto demais para admitir que reina onde reina. Mesmo sendo, indiscutivelmente, o dono da porra toda!
Então, confie no seu sentimento e no seu instinto, e não se exaspere se questionando se foi amor.
É sempre amor. Mesmo quando não se realiza. Mesmo quando não lhe é dado o seu lugar de direito. Mesmo quando se esconde, trêmulo, entre as complicações e descaminhos da vida.
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