No início do isolamento social devido a um vírus altamente agressivo e desconhecido, diversos foram os sentimentos que surgiram em mim, assim como devem ter aparecido aí pra você. Senti medo de me contaminar e contaminar as pessoas, muitas dúvidas surgiram sem respostas por se tratar de um vírus novo e principalmente muita insegurança sobre o que ainda estava por vir.
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Sou professora do Município de Guaíba, então já no início fui orientada ao isolamento social, pois lido com mais de 100 pessoas durante a minha jornada de trabalho. Com o isolamento social vieram sentimentos desafiadores, como a necessidade de se reinventar profissionalmente, a expectativa de colocar tudo em ordem em casa, a ansiedade por colocar leituras e estudos em dia, praticar atividade física em casa, cuidar da alimentação, etc e tal.
30 dias se passaram e vou contar o que aconteceu por aqui: o isolamento social continua, os medos estão indo embora devagar e estão sendo substituídos pela fé, as leituras estão acontecendo de forma lenta e um pouco desorganizada, a atividade física e o cuidado com a alimentação ainda não estão como o planejado e aqui em casa parece que todos os dias aparecem móveis novos para limpar e organizar.
Transitei pelos dois extremos: fiz muito e fiz pouco. E descobri que a delícia disso tudo é percorrer pelo caminho do meio: nem tanto e nem tão pouco. É se reinventar e viver em equilíbrio. E principalmente reconhecer e aceitar que está tudo bem fazer as coisas no meu tempo.
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