Agosto de 2025 – Os custos com moradia estão comprometendo cada vez mais o orçamento das famílias brasileiras. Segundo pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, 62% dos entrevistados afirmam que despesas como aluguel, IPTU e condomínio afetam sua qualidade de vida. Além disso, 66% perceberam aumento nesses gastos nos últimos 12 meses.
Em um mês de aperto, o aluguel é prioridade para 39% dos entrevistados, seguido pela conta de energia elétrica (25%) e pelo financiamento do imóvel (19%). O estudo também mostra que 40% dos consumidores ainda moram de aluguel, enquanto 30% já possuem imóvel próprio quitado.
Peso no orçamento
Para 19% dos brasileiros, as despesas de moradia superam metade da renda familiar. Já 27% sequer sabem calcular o quanto do orçamento é consumido por esses custos.
As contas básicas, como água, luz e gás, também pesam: 36% gastam de 11% a 20% da renda com esses itens, enquanto 23% destinam de 21% a 30%.
“O custo de moradia no Brasil tem um grande impacto na vida financeira das famílias. A alta dos preços pressiona não apenas o orçamento mensal, mas também o planejamento de médio e longo prazo, forçando muitos a recorrerem ao crédito para manter as contas em dia”, explica Thiago Ramos, especialista da Serasa em educação financeira.
Crédito e falta de planejamento
A pesquisa mostra ainda que 29% recorrem ao cartão de crédito para imprevistos relacionados ao lar e 44% já precisaram de empréstimos ou crédito pessoal para cobrir despesas de moradia.
Outro dado de destaque é que 53% não se planejam com antecedência para reajustes, o que dificulta a adaptação do orçamento.
"Os dados reforçam a importância do planejamento financeiro, já que um terço da população nunca calculou um dos gastos mais altos do dia a dia”, aponta Thiago Ramos. “A moradia é uma necessidade básica, mas, sem controle, pode se tornar um problema sério.”
Sobre a pesquisa
O levantamento foi realizado pelo Instituto Opinion Box entre 24 de julho e 1º de agosto de 2025, com 1.073 entrevistas em diferentes regiões, faixas etárias e classes sociais. O objetivo foi compreender a percepção dos brasileiros sobre os gastos com moradia e o impacto no orçamento familiar.
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