O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, na segunda-feira (15), a criação de uma nova modalidade do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, voltada para famílias com renda mensal bruta de até R$ 12 mil. A medida foi apresentada pelo Ministério das Cidades durante a 199ª Reunião Ordinária do Conselho.
A nova faixa, denominada "Minha Casa, Minha Vida – Classe Média", permitirá o financiamento de imóveis, novos ou usados, com valor de até R$ 500 mil. A taxa de juros nominal será de 10% ao ano. Estima-se que aproximadamente 120 mil famílias sejam contempladas ainda em 2025.
Os recursos para essa modalidade virão da realocação de R$ 15 bilhões do programa Carta de Crédito Individual (CCI). O modelo de financiamento será dividido igualmente entre o FGTS (50%) e instituições financeiras habilitadas (50%). Além disso, o montante será complementado por outras fontes, como o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), totalizando R$ 30 bilhões em recursos disponíveis.
A nova faixa deve ser lançada em maio. Durante a reunião, também foram aprovadas atualizações nos limites de renda das demais faixas do programa: a faixa 1 passou de R$ 2.640 para R$ 2.830; a faixa 2, de R$ 4.400 para R$ 4.700; e a faixa 3, de R$ 8.000 para R$ 8.600.
Em relação às contratações, foi registrada uma redução na aquisição de imóveis usados em 2025. Em 2024, foram contratadas 441.080 unidades novas e 164.483 usadas. No ano seguinte, os imóveis novos somaram 485.052 unidades, enquanto os usados totalizaram 118.690.
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