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Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

🇧🇷 Brasil

Congresso Nacional aprova projeto que prevê até 40 anos de prisão por feminicídio

Nova lei que aumenta pena para feminicídio segue para sanção presidencial

Redação TVGO
Por Redação TVGO
Congresso Nacional aprova projeto que prevê até 40 anos de prisão por feminicídio
Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil
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O Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que altera significativamente a legislação sobre feminicídio no Brasil. A nova lei, que segue para sanção presidencial, estabelece o feminicídio como um crime autônomo, com pena máxima de 40 anos de reclusão.

Atualmente, o feminicídio é considerado uma qualificadora do crime de homicídio, com pena máxima menor. A nova legislação visa fortalecer a proteção às mulheres vítimas de violência e garantir uma punição mais severa aos autores desse crime.

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Além do aumento da pena, a lei prevê agravantes para casos em que a vítima esteja grávida, seja menor de 14 anos ou maior de 60, ou ainda quando o crime ocorra na presença de familiares da vítima. A legislação também impõe restrições à ocupação de cargos públicos e ao exercício de mandatos eletivos para pessoas condenadas por crimes contra a mulher.

O projeto de lei ainda amplia a pena para outros crimes contra a mulher, como lesão corporal, ameaça e descumprimento de medidas protetivas. A violação de medidas protetivas, por exemplo, passa a ter pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa.

Dados sobre feminicídio no Brasil

Segundo o Anuário de Segurança Pública, os crimes contra a mulher aumentaram em 2023, com 1.467 casos de feminicídio registrados. A maioria das vítimas era negra e foi morta em suas próprias residências por parceiros íntimos.

O que muda com a nova lei?

A principal mudança é a tipificação do feminicídio como um crime autônomo, com características específicas que facilitam a sua identificação e punição. A nova lei também estabelece penas mais severas e cria mecanismos de proteção mais eficazes para as mulheres.

Para especialistas, a nova legislação representa um avanço significativo no combate à violência contra a mulher, mas é necessário que seja acompanhada de outras medidas, como a implementação de políticas públicas de prevenção e o fortalecimento dos serviços de atendimento às vítimas.

 

 

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