A Justiça do Distrito Federal determinou que o Airbnb cubra todos os custos médicos relacionados ao atendimento de uma hóspede que ficou paraplégica após sofrer uma queda em uma casa de praia alugada pela plataforma. A decisão, emitida no fim de novembro, vale até que seja proferida uma sentença definitiva.

O caso ocorreu em janeiro, durante viagem de Daniella Maia, 42 anos, para Itacaré (BA), onde ela se hospedava com familiares em um imóvel alugado por meio do aplicativo. No quinto dia de estadia, ao se apoiar no parapeito da sacada, a estrutura cedeu, resultando em uma queda estimada em quatro metros. Ela recebeu atendimento inicial em Ilhéus e, posteriormente, foi transferida para Brasília por UTI aérea.
A queda provocou lesão na medula óssea, causando perda dos movimentos das pernas. Informações apresentadas pela defesa relatam necessidade contínua de cuidados, incluindo fisioterapia intensiva, uso de medicamentos e assistência domiciliar. O processo também destaca a ausência de plano de saúde e a impossibilidade de retorno às atividades profissionais que Daniella desempenhava no exterior.
A seguradora responsável pelo contrato intermediado pelo Airbnb repassou R$ 470 mil para despesas emergenciais, como transporte aéreo, cirurgia e medicamentos. A família, contudo, afirma que o montante não cobriu etapas posteriores de reabilitação, o que motivou a ação judicial que também pede indenização mensal de R$ 40 mil.

Na decisão provisória, o desembargador Roberto Freitas Filho entendeu que as sequelas decorrentes do acidente comprometem o sustento da vítima e exigem tratamento contínuo. O magistrado ordenou que todas as despesas comprovadas por nota fiscal sejam custeadas pelo Airbnb enquanto o processo tramita.
A empresa informou que cumprirá as determinações judiciais e adotará as medidas previstas após a conclusão definitiva do caso.
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