O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado no domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia, marcou a retomada das conversas diretas entre Brasil e Estados Unidos após um período de distanciamento diplomático. O principal tema foi a revisão do tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras, além de pautas como a exploração de terras raras e as tensões na América do Sul.
Durante a reunião, Lula solicitou a suspensão das tarifas e defendeu a ampliação do comércio bilateral. Trump, por sua vez, autorizou sua equipe diplomática a iniciar tratativas com o governo brasileiro para a construção de um novo acordo comercial. O encontro foi o primeiro entre os dois desde o retorno de Lula à Presidência.
A reunião repercutiu entre autoridades brasileiras. Integrantes do governo classificaram o diálogo como um avanço nas relações bilaterais e ressaltaram o esforço para destravar negociações econômicas e políticas. Parlamentares da base governista destacaram que a conversa pode representar uma reaproximação comercial com Washington.
Entre os ministros, Geraldo Alckmin afirmou que a retomada do diálogo reforça o interesse em estreitar os laços econômicos. Simone Tebet mencionou a importância da cooperação para o crescimento e geração de empregos, enquanto Gleisi Hoffmann citou o destravamento das discussões sobre o tarifaço e sanções comerciais.
A oposição, por outro lado, minimizou os resultados do encontro. Deputados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro afirmaram que não houve avanços concretos e destacaram declarações de Trump em apoio ao ex-mandatário brasileiro.
No Congresso Nacional, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defendeu a retomada do diálogo como passo relevante para fortalecer a relação entre os países, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, destacou a importância da diplomacia para manter canais de cooperação abertos entre as duas nações.
A reunião foi acompanhada por diplomatas dos dois países e deverá ser seguida por encontros técnicos entre as equipes econômicas de Brasília e Washington nas próximas semanas, com foco na revisão das tarifas e em novas oportunidades de parceria comercial.
Comentários: