A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (6), o médico Luiz Antonio Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça, suspeitos de envolvimento na morte da professora Larissa Rodrigues, de 37 anos, ocorrida em março deste ano em Ribeirão Preto (SP). Segundo a investigação, a causa da morte foi envenenamento por “chumbinho”, substância comumente utilizada como raticida.
A prisão ocorreu após a conclusão de laudos toxicológicos que confirmaram a presença do veneno no organismo da vítima. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Fernando Bravo, novos elementos foram reunidos a partir de depoimentos de testemunhas e análise de celulares apreendidos.
Conforme apuração policial, Larissa teria apresentado sintomas como vômito e diarreia nos dias que antecederam sua morte. A investigação aponta que a sogra da vítima teria preparado refeições para ela durante esse período.
Em depoimento, uma parente de Larissa informou que a vítima suspeitava de um relacionamento extraconjugal do companheiro. Essa informação foi repassada à polícia e é considerada um dos pontos de investigação sobre a motivação do crime.
Segundo o boletim de ocorrência, Larissa foi encontrada sem vida no banheiro do apartamento onde morava com Garnica, no bairro Jardim Botânico. O médico alegou ter tentado prestar os primeiros socorros antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito no local.
O caso foi inicialmente registrado como morte suspeita. No entanto, relatos colhidos posteriormente pela polícia indicaram que Elizabete Arrabaça teria procurado a substância tóxica dias antes da morte da nora, fato que contribuiu para o pedido de prisão temporária.
A investigação também apura se uma terceira pessoa, apontada como possível envolvida em um relacionamento com Garnica, teve participação no caso ou auxiliou na construção de um álibi.
A defesa do médico afirmou que não teve acesso à decisão judicial e que o cliente nega participação nos fatos. A defesa de Elizabete Arrabaça não se manifestou até o momento.
A Polícia Civil segue apurando como a substância foi adquirida e administrada, e se houve outras pessoas envolvidas na ação.
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