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Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025

🏥 Saúde

Ministério da Saúde amplia acesso à mamografia e inclui novos tratamentos no SUS

Exame passa a ser recomendado a partir dos 40 anos; mudanças incluem rastreamento até 74 anos e incorporação de medicamentos inovadores

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Ministério da Saúde amplia acesso à mamografia e inclui novos tratamentos no SUS
José Cruz/Agência Brasil
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O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (23) alterações no protocolo de prevenção e tratamento do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, mulheres entre 40 e 49 anos poderão realizar a mamografia sob demanda, mediante decisão conjunta entre paciente e profissional de saúde. Até então, o exame era indicado apenas para a faixa etária de 50 a 69 anos, com rastreamento a cada dois anos, mesmo na ausência de sintomas.

Com a atualização, o rastreamento regular passa a abranger mulheres de 50 a 74 anos, enquanto acima dessa idade a decisão será individualizada conforme condições de saúde e expectativa de vida. O ministério destacou que a mudança busca ampliar a detecção precoce da doença, já que 23% dos casos registrados ocorrem em mulheres com menos de 50 anos. Apenas em 2024, mais de 1 milhão de mamografias nesse grupo etário foram realizadas pelo SUS, o que corresponde a 30% do total.

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Entre as ações complementares, está a implantação de 27 unidades móveis em 22 estados para oferecer consultas, exames e procedimentos relacionados à saúde da mulher, com expectativa de 120 mil atendimentos até outubro. Também foram adquiridos 60 kits de biópsia, incluindo mesas estereotáticas e equipamentos de raio-X com tecnologia de imagem 2D e 3D, destinados a aumentar a precisão diagnóstica.

No campo dos tratamentos, o governo incorporou ao SUS medicamentos como o trastuzumabe entansina, indicado para tumores HER2 positivos resistentes à primeira linha de terapia, e inibidores de CDK 4/6, utilizados em casos avançados e metastáticos com receptor hormonal positivo. Também foram incluídas novas opções de hormonioterapia e suporte durante a quimioterapia intensiva.

O câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre mulheres no Brasil e no mundo, desconsiderando tumores de pele não melanoma. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 37% dos diagnósticos no país ainda ocorrem em estágios avançados, o que reforça a necessidade de políticas voltadas ao rastreamento e à ampliação do acesso a terapias atualizadas.

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