O Rio Grande do Sul registrou redução de 8,9% nos óbitos por câncer de mama em 2024, segundo dados preliminares do Boletim Epidemiológico da Situação do Câncer de Mama divulgados pela Secretaria da Saúde nesta sexta-feira (17). Foram 1.399 mortes em comparação a 1.536 em 2023.

Apesar disso, o Estado permanece com a terceira maior incidência da doença no país, com 4.842 casos novos, atrás de São Paulo e Minas Gerais. A taxa de mortalidade geral ficou em 24,2 por 100 mil mulheres, abaixo do esperado para o ano passado, que era de 25,4 por 100 mil.
O boletim aponta diferenças entre grupos raciais: mulheres brancas registraram 27,86 óbitos por 100 mil, pardas 10,02 e negras 20,37. Entre 2023 e 2024, a taxa caiu entre brancas e negras, enquanto subiu entre pardas. A faixa etária de 50 a 69 anos concentrou 49,2% dos casos novos, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos (20,3%) e mulheres acima de 74 anos (11,7%). Porto Alegre apresentou o maior número de casos, com 82 por 100 mil mulheres, enquanto Guabiju teve a maior taxa proporcional, de 571,43 por 100 mil. Quanto à mortalidade, Vista Alegre do Prata (257,07), São Domingos do Sul (214,9) e Chapada (201,33) registraram as maiores taxas.
O boletim destaca que a cobertura de mamografias no Estado é de 26%, abaixo do recomendado pela OMS, com variação regional: Araucárias (46%) e Alto Uruguai (39%) apresentam os maiores índices, e Pampa (13%) e Carbonífera (15%) os menores. A Secretaria da Saúde mantém o programa SER Mulher RS, que oferece acompanhamento integral em saúde feminina, incluindo prevenção, diagnóstico precoce e encaminhamento para tratamento oncológico.

Segundo a SES, ações de rastreamento e diagnóstico precoce são essenciais para reduzir óbitos e aumentar a sobrevida. O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento desordenado de células na mama e continua sendo uma das principais causas de mortalidade entre mulheres no Estado, reforçando a importância do acesso a exames e tratamentos em tempo adequado.
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