As piranhas vermelhas, também conhecidas como palometas, estão em um raio de 150 quilômetros de distância no curso do Jacuí, entre Cachoeira do Sul e General Câmara. A espécie é nativa de outra bacia que não esta, mas sim a do Rio Uruguai. Em algum momento, ela cruzou para o novo ambiente. Os pescadores da região tentam evitar perdas fazendo o manejo da pesca, revisando as redes lançadas na água em intervalos menores de tempo, a cada duas horas.
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A invasão da espécie da bacia do Uruguai para o Jacuí ainda precisa ser confirmada. Uma das hipóteses é de que tenha acontecido na confluência dos rios Ibicuí e Vacacaí. O predador natural desse tipo de piranha é o dourado, espécie que está ameaçada de extinção. Os especialistas dizem que a espécie pode sim chegar ao Guaíba, da mesma forma como foi introduzida no Jacuí.
A piranha vermelha tem, na fase adulta, um tamanho em torno de 20 centímetros e cerca de 250 gramas de peso. Elas têm ciclo de reprodução anual. A desova é feita em margens de corpos d'água, em águas calmas, rasas e em geral com vegetação aquática, galhos, pedras e outros abrigos. A fêmea cuida dos ovos até a eclosão. Podem viver até 20 anos, e maturam com aproximadamente dois anos.
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Nativa do RS, a espécie se encontra desde a Região do Prata (bacia do Rio Uruguai e Paraná), com ocorrência no Uruguai, Argentina e indo até Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, com registro até a bacia do rio São Francisco. Os predadores naturais são jacarés, ariranhas, lontras ou outros peixes, como o dourado, traíra, trairão ou elas próprias, pois há canibalismo registrado.
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