Na primeira semana de outubro, muros de escolas em Guaíba amanheceram com frases e símbolos em homenagem a Marcela Almerindo, estudante universitária assassinada em agosto deste ano. As pichações trazem expressões como “Viva Marcela Almerindo” e fazem referência ao Partido Comunista Revolucionário (PCR), além de utilizarem símbolos ligados ao movimento.

As inscrições foram registradas em pelo menos duas instituições de ensino do município, entre elas a Escola Municipal Aglaé Kehl. A direção escolar confirmou ter se deparado com as mensagens e acionou a Secretaria de Educação e a Brigada Militar para acompanhamento do caso.
Segundo informações compartilhadas pela comunidade, Marcela Almerindo era aluna da UFRGS e do IFSul, além de militante de esquerda. O crime que vitimou a jovem em agosto ainda é investigado pelas autoridades.
Repercussão e preocupações
A aparição das frases gerou grande repercussão entre pais, professores e moradores, que manifestaram preocupação com a associação política dentro dos espaços escolares. A presença de símbolos partidários em muros públicos levantou debate sobre segurança, liberdade de expressão e a preservação do ambiente escolar.

Enquanto parte da comunidade enxerga as manifestações como ato político em memória de Marcela, outros reforçam a necessidade de separar as instituições de ensino de qualquer manifestação ideológica ou partidária.
Próximos passos
A Brigada Militar intensificou rondas nas regiões onde os registros foram feitos, e a Prefeitura de Guaíba informou que a remoção das pichações deve ocorrer nos próximos dias. A Polícia Civil também foi notificada para investigar os autores das mensagens.
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