Os resíduos gerados pelas enchentes no município de Guaíba serão destinados ao aterro sanitário de Minas do Leão, que foi habilitado para receber o material de várias cidades atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O aterro, operado pela CRVR, estima receber um total de 300 mil toneladas de resíduos provenientes de sete municípios, incluindo Guaíba e Porto Alegre.
Para garantir a capacidade de tratamento desse volume, a CRVR investiu cerca de R$ 1,5 milhão na adequação da infraestrutura do aterro. Foram realizadas obras de impermeabilização do solo e instalação de um sistema de drenagem de chorume, visando garantir que o processamento dos resíduos ocorra de maneira segura e sem impacto ambiental.
"Nossa prioridade é resolver a situação com segurança. Posteriormente, em função das características e demandas do mercado, buscaremos as melhores alternativas para valorizar esses resíduos", afirma Leomyr Girondi, diretor-presidente da CRVR.
Os resíduos provenientes de Guaíba, assim como os de outros municípios, exigem cuidados especiais devido à contaminação e à composição variada. A empresa contratou um estudo de gravimetria para avaliar a natureza dos materiais e verificar a possibilidade de reaproveitamento em etapas futuras. Inicialmente, o foco será no descarte seguro, com possíveis ações de reaproveitamento conforme as demandas do mercado.
Além de Guaíba, os municípios de Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Estrela, Venâncio Aires, Montenegro e Pareci Novo também enviaram seus resíduos ao aterro de Minas do Leão, conforme informado pela empresa.
O envio dos resíduos ao aterro de Minas do Leão foi decidido após o Ministério Público do Rio Grande do Sul solicitar a suspensão do envio para o aterro temporário São Judas Tadeu, em Gravataí, devido a irregularidades. Com o aumento de 50% no volume de lixo recebido, a unidade em Minas do Leão passou a operar 24 horas por dia para atender à demanda de resíduos das cidades afetadas pelas enchentes.
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