O Sistema Único de Saúde (SUS) irá adotar uma nova abordagem para a detecção do HPV, substituindo o tradicional teste citopatológico, conhecido como Papanicolau, por um exame molecular de DNA. Essa mudança foi explicada pela professora Luísa Lina Villa, da Faculdade de Medicina (FM) da USP, chefe do Laboratório de Inovação em Câncer e colaboradora do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Ela afirmou: "Se o tumor é causado pelo HPV e eu tenho tecnologia para detectar o vírus, a substituição será feita. A mudança proposta pelo nosso governo e por muitos países do mundo inteiro é checar a presença do vírus e não só das alterações morfológicas, que é o que o Papanicolau faz."
O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ambos os exames, tanto o Papanicolau quanto o exame molecular de DNA, têm como objetivo avaliar a saúde do colo do útero, investigar infecções vaginais, identificar infecções sexualmente transmissíveis e possíveis tumores, além de verificar a presença de lesões que possam indicar o aparecimento de câncer. Com a nova metodologia, espera-se uma detecção mais precisa do vírus e, consequentemente, um avanço no diagnóstico precoce e na prevenção da doença.
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