O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a ordem para que o Departamento de Guerra do país retome os testes com armas nucleares. A declaração foi feita na quarta-feira (29) e estabelece o início imediato dos procedimentos, conforme publicação em uma rede social.
A determinação ocorre em resposta aos programas de testes conduzidos por outras nações. Segundo a agência de notícias Reuters, o último teste nuclear realizado pelos EUA foi em 1992, totalizando 33 anos de suspensão.
Contexto e Armamentismo
O comunicado de Trump foi divulgado após a Rússia anunciar, também nesta semana, a realização de exercícios com dois novos armamentos estratégicos.
No domingo (26), a Rússia testou seu míssil nuclear Burevestnik. Na sequência, o presidente russo, Vladimir Putin, informou o teste bem-sucedido de um super torpedo nuclear submarino, o Poseidon. Autoridades tanto dos EUA quanto da Rússia classificam o Poseidon como uma nova categoria de arma de retaliação, projetada para gerar ondas radioativas no oceano e, potencialmente, tornar inabitáveis áreas costeiras.
Em sua declaração, o presidente americano indicou que os Estados Unidos detêm o maior arsenal nuclear global, com um programa de atualização e renovação em curso. A Rússia é citada como a segunda potência em número de armamentos. Trump também apontou a aceleração do programa chinês, estimando que o país alcance a paridade com as duas maiores potências em cinco anos.
Dados americanos indicam que a China dobrou seu arsenal, passando de aproximadamente 300 armas nucleares em 2020 para 600 em 2025. Projeções militares americanas sugerem que a nação asiática pode superar a marca de mil armas nucleares até 2030.
Significado dos Testes
De acordo com a Reuters, a condução de testes nucleares fornece dados técnicos essenciais sobre a capacidade de novas armas e verifica a funcionalidade de armamentos mais antigos.
A agência de notícias também ressalta que um experimento nuclear dos EUA pode ser interpretado por Moscou e Pequim como uma demonstração do poder estratégico americano.
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