O dólar operava com leve queda nesta quarta-feira (4), com o real ganhando um pequeno fôlego, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava ganhos contra a maioria das demais divisas. A movimentação foi influenciada por falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e dados de emprego nos Estados Unidos.
Haddad criticou a forma como parte do mercado financeiro reagiu ao pacote fiscal lançado pelo governo na semana passada. O ministro afirmou que as medidas são suficientes para o momento e previu a aprovação do pacote no Congresso ainda este ano, sem descartar mais ações, caso necessário.
No cenário internacional, dados da ADP indicaram que a criação de empregos no setor privado dos EUA ficou abaixo das expectativas, com a geração de 146.000 vagas em novembro, um número inferior ao esperado de 150.000. Este dado antecede o importante relatório do mercado de trabalho (payroll) que será divulgado na sexta-feira, o que gerou volatilidade no mercado.
Às 12h30, o dólar à vista estava em queda de 0,12%, cotado a R$ 6,049 na venda, enquanto a moeda norte-americana para janeiro, negociada na B3, subia 0,14%, a R$ 6,0690. Na véspera, o dólar à vista havia fechado com leve baixa de 0,05%, a R$ 6,0624.
Além disso, o Banco Central realizou a venda de todos os 15.000 contratos de swap cambial ofertados em leilão de rolagem, com vencimento em novembro de 2025, totalizando 750 milhões de dólares.
O ministro Haddad, durante um evento em Brasília, também destacou a diferença entre o setor de intermediação financeira e o mercado financeiro propriamente dito, criticando a visão de que o pacote fiscal não foi suficiente. Segundo ele, o "filme é melhor que a fotografia" no que diz respeito ao impacto das medidas.
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