Os pesquisadores da Universidade de Miami, nos EUA, apontam uma nova possível sequela deixada pela infecção provocada pelo coronavírus. Pequenas partículas do vírus poderiam permanecer alojadas no tecido peniano, mesmo após a cura da infecção pela doença, por aproximadamente seis meses e provocar a disfunção erétil. De acordo com os cientistas, foi constatado que homens que nunca tiveram problemas de impotência sexual passaram a enfrentar esse quadro após infecção pelo coronavírus.
Os pesquisadores recolheram amostras de tecidos do pênis de dois homens que tiveram covid-19 e se recuperaram. Um dos voluntários chegou a ser internado, enquanto o outro teve somente sintomas leves. Porém, os dois apontaram problemas de disfunção erétil. Segundo os resultados obtidos, o vírus foi encontrado nos tecidos do pênis dos dois voluntários. Por outro lado, outros dois homens estudados, que não foram infectados pelo vírus, não apresentaram as disfunções citadas. O estudo foi publicado no início de maio no periódico World Journal of Men’s Health.
A infecção provocada pelo coronavírus tem como uma de suas principais sequelas a formação de tromboses de pequenos vasos, o que acarreta o infarto de tecidos. E para que ocorra uma ereção é preciso que esteja mantida a integridade do tecido interno vascular. Ainda são necessários mais estudos e também não se pode descartar o fator psicológico, pois muitos infectados ficam com estresse pós-traumático, causando depressão e ansiedade - fatores que prejudicam a vida sexual.
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