O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (Censo 2022) dados que mostram fortes desigualdades na renda dos trabalhadores brasileiros. Segundo o levantamento, 35,3% dos trabalhadores recebem até um salário mínimo.
Apesar do avanço da escolaridade, as mulheres continuam recebendo quase 20% a menos que os homens, além de apresentarem menor nível de ocupação. Enquanto eles tiveram rendimento médio de R$ 3.115, elas ficaram em R$ 2.506. A diferença chega a 37,5% entre pessoas com ensino superior completo.

O estudo também mostra que trabalhadores pretos, pardos e indígenas recebem, em média, rendimentos mensais menores que a média nacional. Enquanto o rendimento médio no Brasil foi de R$ 2.851, pardos ganharam R$ 2.186, pretos R$ 2.061 e indígenas R$ 1.683.
No recorte regional, as desigualdades também são evidentes: os trabalhadores das regiões Norte (R$ 2.238) e Nordeste (R$ 2.015) recebem valores abaixo da média nacional. Já o Centro-Oeste apresentou o maior rendimento do país (R$ 3.292), seguido de Sudeste (R$ 3.154) e Sul (R$ 3.190).

Segundo o IBGE, os dados reforçam que a discrepância salarial entre regiões, gêneros e grupos raciais ainda é uma realidade no país, impactando diretamente a distribuição de renda e a qualidade de vida da população.
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