A Polícia Civil realizou, na sexta-feira (30), uma operação com o cumprimento de 63 mandados de busca e apreensão em 12 cidades dos vales do Sinos, Paranhana, Caí e Região Metropolitana, além de um mandado em São Paulo. A ação também inclui o pedido à Justiça para o bloqueio de R$ 66 milhões em contas bancárias de 14 suspeitos e o sequestro judicial de cinco imóveis. Até o momento, cinco pessoas foram presas, incluindo o principal suspeito por obstrução à justiça, e foram apreendidos dezenas de armas e 20 veículos.
A operação, denominada Operação Arsenal, é conduzida pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo. A investigação aponta que o clube de tiro M16, localizado no bairro Operário, em Novo Hamburgo, estaria sendo gerido por pessoas ligadas a uma facção criminosa da região do Vale do Sinos.
Os mandados foram cumpridos em várias cidades, incluindo Porto Alegre, Portão, Canoas, Capela de Santana, Montenegro, São Sebastião do Caí, Esteio, Sapucaia do Sul, Sapiranga, Gravataí, Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Durante a investigação, a 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo recebeu denúncias de estelionato contra o ex-proprietário do clube de tiro, que teria vendido armas sem entregá-las aos compradores. O clube teria sido posteriormente vendido.
Em fase de inquérito, um homem se apresentou como o proprietário do clube de tiro, declarando uma renda de R$ 1 mil como chapeador e caldeireiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Uma testemunha, no entanto, afirmou que o verdadeiro dono seria o filho deste homem, que possui antecedentes por tentativa de fraude documental, receptação e roubo de cargas. O filho se identificou como empresário e dono de um minimercado em São Leopoldo, mas é apontado como envolvido com uma facção criminosa.
Com base em transações suspeitas, os investigadores solicitaram a quebra de sigilo bancário e telefônico de 38 pessoas, o que levou à identificação de novos suspeitos e à conexão do esquema com uma facção criminosa. Durante as interceptações, foi identificado um áudio que sugere a participação da companheira do principal investigado em uma transação de drogas.
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