TVGO | Guaíba Online

Sabado, 14 de Setembro de 2024

🏘️ Cidades do RS

Rio Grande do Sul lidera registros de armas no Brasil mesmo com queda de 75%

RS registrou 2.393 novas armas no 1º semestre de 2024, seguido por Espírito Santo e Goiás

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Rio Grande do Sul lidera registros de armas no Brasil mesmo com queda de 75%
Imagem de Freepik
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

No primeiro semestre de 2024, o Rio Grande do Sul registrou 2.393 novas armas de fogo para defesa pessoal, liderando o ranking nacional. Em segundo lugar, aparece o Espírito Santo com 1.285 registros, seguido por Goiás com 1.109. Esses dados, fornecidos pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm), mostram que o Rio Grande do Sul teve o menor número de registros desde 2013.

Comparado ao primeiro semestre de 2021, quando o estado contabilizou 9.510 novas armas, houve uma redução de 75% nos registros no Rio Grande do Sul. Nacionalmente, os registros caíram 88% em relação ao mesmo período de 2021.

Leia Também:

As pistolas foram as armas mais registradas no estado, com 1.249 unidades, seguidas por espingardas (582 registros) e rifles (230 registros). Os calibres mais comuns foram .380 ACP e calibre 12.

O porte de arma de fogo, que permite ao cidadão portar e transportar a arma de forma discreta fora de casa ou local de trabalho, é autorizado pela Polícia Federal após análise de requisitos legais.

Segundo o delegado Cícero Costa Aguiar, da Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos (Deleaq) da Polícia Federal, a queda nos registros pode estar relacionada às mudanças na legislação implementadas desde o início de 2023, como a redução do número de armas permitidas por cidadão.

Mudanças na legislação incluem a revogação de medidas que facilitavam o acesso a armas, implementadas pelo governo anterior. Entre as novas normas, estão a redução do número de armas e munições permitidas, restrições a certos calibres, e maior controle sobre clubes de tiro e CACs.

O sociólogo Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, da Escola de Direito da PUCRS, destaca a importância do controle de armas para a segurança pública, afirmando que sociedades com maior controle de armas tendem a ter menores taxas de violência.

Dempsey Magaldi, empresário do setor de tiro, menciona que, apesar das novas restrições, a demanda por armas aumentou em situações de insegurança, como durante as enchentes recentes no Rio Grande do Sul. Ele também ressalta os desafios impostos pela carga tributária e pelas novas regras que limitam calibres disponíveis para compra.

 

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Contém informações de Gaúcha ZH
Comentários: