A Santher, que tem fábrica em Guaíba, foi comprada por dois grupos japoneses chamados Daio Paper e Marubeni, com sedes em Tóquio. O valor do negócio é de R$ 2,3 bilhões e foi realizado por meio de uma joint venture que uniu as duas compradoras. A empresa é dona das marcas de papel higiênico Personal e papel toalha Snob.
A concretização do negócio precisa de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A companhia era comandada pela família fundadora há três gerações. No início de 2018, a Santher passou por uma reestruturação financeira para alongamento de suas dívidas, que chegaram ao patamar de R$ 500 milhões.
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A operação de Guaíba trabalha com papéis especiais e foi comprada pela Santher em 1997. Atualmente, são 119 funcionários diretos e 32 indiretos trabalhanado na unidade.
Dado que itens de consumo para cuidados pessoais mostraram-se bastante resistentes à crise econômica, a Daio e Marubeni informaram em comunicado o motivo de terem entrado no Brasil: "(...) o mercado brasileiro atraente, à luz do significativo crescimento populacional e do desenvolvimento econômico do país."
Fundada há 82 anos pelo libanês Fadlo Haidar, na zona leste da cidade de São Paulo, a Fábrica de Papel Santa Therezinha começou a operar com produção para papel para embalagens. Haidar chegou ao Brasil em 1921, comprou um terreno no bairro da Penha e contruiu a empresa. Chegou a ter três unidades produtivas no Brasil, mas fechou uma em Minas Gerais em 2016, afetada pela crise. Hoje, com a venda, a família sai totalmente do negócio.
O atual presidente da Santher é José Rubens de la Rosa, que deve permanecer na gestão da empresa. Ele já comandou também a Marcopolo, fabricante de ônibus com sede em Caxias do Sul, na serra gaúcha, de 2000 a 2015. As informações são de Giane Guerra da GaúchaZH.
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