Reflete exuberante no espelho d'água
Aquelas paredes velhas abandonadas
Carcomidas pelo tempo, quase caindo
Parapeitos ruídos, as cores já desbotadas
Vitrais quebrados, sem o brilho de outrora
Guardando tantas histórias de tempos idos
No silêncio do caserio que o vento rodeia
Se escutam as vozes que rondam os vãos
Sussurrando lembranças de lamento e de dor
Das feridas sem cura, estampadas nas mãos
Da labuta dura e bruta daquele serviço infame
De quem não tinha escolha por conta de sua cor
Poesia de Nivaldo Rosa
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