Penso que quase toda a gente teve aquela sensação de que, quando uma coisa começa a correr mal, outras piores acontecem. Como se fosse um karma, um castigo divino, um voodoo feito por qualquer inimigo perdido no tempo. Como não conheço nenhuma certificada à mão, o único remédio que tenho é respirar fundo e tentar relativizar os problemas. Mas às vezes não é possível.
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Nossas vidas se tornam cada vez mais online, o computador, celular não é de ferro, avaria facilmente. Pifa, falece, bate a bota, vai desta para melhor. É trabalho home office, é aula virtual, cursos, filmes, redes sociais e navegação sem lenço sem documento de quem não tem mais o que fazer. Celular umedece porque não descola do corpo, daí coloca no arroz para secar. Computador começa a travar, lá se usa secador na esperança enganosa de ter solução.
Tudo como se fosse o zorro, sempre de máscaras né, pois amor a vida é maior do que um aparelho eletrônico. E por consequências, orações, perguntas de por que comigo? E depois de um desespero extremo, começa a cair a ficha, de que, mesmo de máscara posta, existe sim ainda formas eficientes de nos exprimirmos.
“Os olhos são o espelho da alma”, costumam dizer. Mas há muitas outras expressões que nos fazem falta para comunicar. Isolamento é precaução, mas prevenção mesmo é ter cuidados com a higiene, usar máscaras e usar da melhor forma de se comunicar: o olhar. E botar o pé na rua pois o mundo não pode parar.
Para os olhos pode ser que apareça um modelo transparente. Porque os olhos também mentem e quem vê só parte da cara, não vê corações.
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