“Antes de comprometer sua liberdade obedecendo regras impostas por documentos monótonos, lembre-se dos contratos que você firmou com a vida”
Vamos supor que hoje você acordou e, mesmo antes de sair da cama, já se questionava sobre os seus motivos. Porque tem vezes que é assim: a gente mal acorda e já se pergunta “por quê?”. Na maioria das manhãs faz sentido levantar para ir ao trabalho. Trabalhar para garantir o sustento. Sustentar-se para estar atuante na vida. Viver para, principalmente, estar apto para mais trabalho. Com um mês de férias em doze. Com um dia de folga em sete. E a aposentadoria, lá nos quilômetros finais dessa longa estrada.
Você aguenta, pois soube desde o começo que seria assim. Seu contrato dizia isso claramente. E, mesmo sabendo o quão exaustivo pudesse ser, você assinou. Pois entende que mesmo dentro da rotina e do labor diário, existe umas pequenas doses de prazer e paz. Um show na noite de sábado, um passeio no domingo. A pausa para o cafezinho, a hora do almoço, fones de ouvido, uma risada com os colegas, uma mensagem de casa.
Então os dias seguem, amparados nas pequenas alegrias que se infiltram mesmo nas frias coorporações. Como raminhos novos de trepadeiras verdes que abrem flores, se espalham rápidas e rápidas, em questão de segundos, desvanecem. Pelos escritórios, linhas de produção, corredores de lojas…
Você, no fundo, queria seguir o rastro dessas plantinhas passageiras. Saber onde nascem. Saber onde há mais delas. Saber se há algum lugar do mundo em que elas durem. Mas é preciso cumprir tarefas, horários e prazos. É preciso, pois tem sempre alguém com urgência em enriquecer. Não você. Você só quer pagar as contas e manter o plano de saúde. E mesmo sabendo que é um preço caro, a ser pago com as horas não reembolsáveis da sua própria vida, você cumpre, pois assinou um contrato.
E como os contratos são importantes e prezamos pela correção, preferimos cumprí-los. Sempre. Por isso, antes de compremeter a sua vida toda obedecendo regras impostas por parágrafos intermináveis de documentos monótonos, lembre-se dos primeiros contratos. Não os que você assinou em papel timbrado, mas os que firmou com a vida, na aurora da sua existência.
Quando você sonhou em ser algo diferente do que é hoje. Quando se comprometeu a ver lugares e fazer coisas. Quando se condicionou a ter tempo para admirar as nuvens e acariciar o capim. Quando prometeu amar e ser feliz.
Aqueles também eram contratos que precisavam ser mantidos. Você não os assinou em lugar nenhum, mas inscreveu forte em algum espaço pontilhado do seu coração. Eles ainda devem estar lá. Não hão de ter expirado.
Algumas coisas nos trazem segurança. Algumas coisas nos garantem tranquilidade. E são essas as únicas coisas estes documentos devem preservar. Os demais contratos, os que te privam, te diminuem ou te prendem, devem ser imediatamente anulados, revogados, rasgados e esquecidos.
Eu aconselho, para efeito de não sofrer as penas, que você considere respeitar seus acordos e compromissos. Mas submeta todos, acadêmicos, profissionais, matrimoniais ao primeiro principal contrato. A carta magna que garante que acima de qualquer papel estará a sua liberdade.
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