Certa vez escutei que “se conselho fosse bom a gente não dava, vendia”. Não lembro quem falou e muito menos quando, só sei que faz muito tempo. Claro que isso na época não chamou a minha atenção e se quer me fazia algum sentido. Com certeza o momento em que esta frase ou conselho foi dito deve ter ocorrido em um encontro para uma cervejinha ao final do dia.
Sendo assim, ela ficou gravada em minha memória como uma daquelas frases de impacto que todo mundo usa. Sabe quando a gente fala coisas moralmente agradáveis numa roda de amigos? Depois de muitas datas e varias repetições da respectiva frase por diversos interlocutores, me veio a dita cuja na cabeça - diria que sem razão nenhuma. Na verdade, lembrei de outra frase que, provavelmente, ocorreu em um momento parecido com o da frase anterior.
Um pensamento leva a outro, ou melhor, uma frase leva a outra - para ser sincero, era um conselho do qual eu talvez possa estar esquecendo parte dele – “Temos que agir com a razão e não com a emoção”, o contexto é mais ou menos sobre a tomada de decisão e de como devemos proceder. Isso me parece meio “frio”, no melhor estilo de dane-se o mundo eu faço o que “acho” que é certo, ignorando qualquer gota de sentimento alheio.
Leia também: Provas do Enem 2020 serão em janeiro e fevereiro de 2021; Uninter lança curso preparatório gratuito para todo país
Detalhe: o certo sempre está do lado que nos posicionamos. Não é uma crítica, apenas um comentário. Particularmente acredito nisso também, embora eu não siga esta filosofia, pois há vejo um pouco mais complexa que isso. Na realidade acredito que as coisas seriam mais fáceis se agíssemos assim o tempo todo. Com isso as dramatizações das dúvidas da vida não seriam tão dolorosas.
“O poder de um relacionamento está na mão de quem se importa menos”. Esta é mais uma frase de impacto - no melhor estilo de Connor Mead. Lembro que está relacionada com as interações humanas conjugais e esta seja, talvez, a mais pura representatividade da canalhice aguda. Em um tempo nem tão remoto ouvi novamente o conselho “temos que agir com a razão e não com a emoção”. Não eram bem essas palavras, mas na tradução literal era.
Em vista destes dizeres e na conjuntura do contexto, começo a pensar que possa ser um recado dos deuses da “filosofia-barsiniana”, ou simplesmente delírios de uma mente inquieta e ansiosa. Mas o que essas frases têm em comum? É que eu não estou num bar, nem bêbado, e elas começaram a fazer sentido.
Leia também: Para terminar obra da penitenciária de Guaíba abandonada há três anos, governo oferece novamente imóveis para permuta
Comentários: