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Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025

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Guaíba - Berço da Revolução Farroupilha, terra de talentos numerosos: o quanto cuida de seus filhos?

Guaibenses foram destaques no Esteio da Poesia

Mário Terres - Tradicionalismo
Por Mário Terres -...
Guaíba - Berço da Revolução Farroupilha, terra de talentos numerosos: o quanto cuida de seus filhos?
Fotos: Maris Strege
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Dia a dia cresce (e aparece) numerosamente os guaibenses que se destacam no cenário cultural do nosso estado. Em um final de semana apenas, esparramamos pelo Rio Grande poesia, música, declamação, danças e um tantão enorme de amizade, fraternidade e afetividade, cativando com a mais pura certeza visitantes para os eventos que a nossa terra promover. Sim, visitantes. As pessoas quando se sentem prestigiadas e acolhidas. Afinal quando exalamos o perfume da bem querença, trazemos no aroma o zelo de quem aspira, nem que seja de longe, o cheiro desse extrato.

As pessoas quando promovem os seus eventos, além de promoverem a cultura (que seria o objetivo principal) tem na mesma trilha a força de movimentar a economia local, de todas as formas. Comércio (comida, atrativos, vestuário), hotelaria, cultura, enfim os eventos culturais movimentam a cidade sede com a força empenhada na execução deste.

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Pois bem, na outra via estão os talentos que para participarem, precisam de apoio. Como iniciei o texto, só nesse último final de semana, tivemos diversos participantes da terrinha derramando talento por aí. Lá no Esteio da Poesia o Fábio Malcorra e o João Bosco Ayala se lavaram nas suas participações, um exímio declamador e outro tamanho amadrinhador encheram o público de luz enquanto apresentavam-se.

Quando Guaíba organizar um festival de poesias inéditas (já passou da hora) e essas duas sumidades convidarem participantes, todos por onde esses deixaram aquele cheirinho de afetividade, se sentirão comprometidos da visita de retorno. Assim aconteceu também lá na Serra, na bela e hospitaleira Espumoso, onde o CTG Gomes Jardim participou da primeira etapa do Festival Nacional da Cultura Gaúcha (FNCG), levando consigo as invernadas Juvenil e Veterana e muitos talentos individuais.

Participaram da declamação, esbanjando talento nosso pequeno gigante Théo Rodrigues, juntamente com Gustavo Berchon, Othon Santos, Louisy Rodrigues, Anderson Lima (Mano) e Mateus Alves. Tem ainda os talentos cantadores, que participaram dos concursos de interprete vocal. A nossa linda e meiga Alicinha (Alice Alves), junto com Adriana Rodrigues, Júlio Borges, Valério Anderson e Anderson Lima (Mano), mas que categoria.

Pensou que acabou? Nada, tem muito mais! Ainda tem a Louisy e o Júlio que se lavaram na Gaita Ponto e o nosso irmão Antônio Benites (Neno) que emprestou seu talento amadrinhando a gauchada nas declamações. Ufa... Opa peraí, não tem como esquecer a gurizada maravilhosa da invernada Juvenil e da alegria intensa da Veterana, que agraciaram o Festival dançando com a leveza de sempre, conduzindo ao ambiente muita luz emanada da alma.

Vejam quanta gente de todos os seguimentos artísticos culturais levaram o nome dessa cidade pra longe e quão bem representada ela foi. Nossa, emocionante! ssim acontece em outros momentos, com outras entidades e saibam que preparar apresentação, seja individual ou em grupo, leva tempo, custa caro e dá bastante trabalho.

As entidades hoje carecem de fundos para manterem-se em pé, afinal um CTG ou DTG, seja lá a abreviação que carregue, precisa custear a manutenção de suas instalações, pagar água, energia elétrica e ter no mínimo uma caixa de som e um microfone pra poder descobrir, lapidar e entregar talentos ao público. Na hora que o talento aparece, mil e um aproveitadores querem tirar foto, encher a boca para dizer: “Esse(a) é de Guaíba! Esse é da minha terra!”

Pois bem e quanto tu, que chega a se babar falando de boca cheia, ajudou a lapidar aquele diamante que te enche tanto assim de orgulho? Responde aí...
A comunidade tem obrigação de apoiar as entidades nesse trabalho. Sabe como? Prestigiando os eventos, apoiando nas ações, compartilhando e inteirando a sociedade na mobilização de apoio as entidades.

Se um CTG faz uma rifa não é pra “ganhar dinheiro”, geralmente meus queridos é pra tentar se manter de pé. E a sociedade política do município precisa investir nesse fomento. As entidades não criam só talentos, elas ensinam as crianças e os jovens a serem responsáveis, a viverem em comunidade e trabalharem em equipe. Além de respeitarem as diferenças e abraçarem as mesmas causas e, o mais importante, empresta as vezes uma família pra aqueles que não a têm.

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É importante lembrar que CTG ou DTG (seja a sigla que for) não trabalha só na semana farroupilha. Pelo contrário, desde janeiro até dezembro existem pessoas mobilizadas para tentarem fazer a diferença na sociedade através do desenvolvimento sócio cultural de crianças, jovens e adultos, sonhando em um mundo melhor, garantindo a sobrevivência das tradições de um povo. Como a sociedade política, os nossos poderes (legislativo, executivo e judiciário) estão cuidando para manter de pé os artesãos que lapidam diariamente dentro de um galpão os adultos promissores do amanhã?

A aproximação é imprescindível e ela pode ser sempre de duas vias, não precisa só incentivar, pode usar essa população maravilhosa de talentos para divulgar a nossa terra, os nossos eventos. Ninguém quer esmolas. Apenas que seja dado condições de se manter de pé e a ordem para as manifestações culturais, para a formação sócio artístico e cultural da sociedade. Sob as colunas magnânimas de uma entidade, tem muito mais que baile e comilança, tem a obra de artesãos moldando o caráter de uma sociedade.

 

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