Como viverão os adultos que ultrapassaram a idade faixa de risco e que nunca descobriram o prazer e alegria da leitura, e que não vão poder se reunir, ir ao cinema, sair de casa? Mas eis que, de repente, não mais que de repente como dizia o querido Vinicius, as pessoas estão se interessando por aquelas outras que estão dividindo nosso aqui e agora, posto que todos estão ameaçados por essa coisa inesperada, desesperadora, que as mídias não deixam de comentar.
E nesses comentários, surgem as palavras sábias, colocando os pontos nos is, alertando, aconselhando, proibindo abraços e apertos de mão sobre o que diz respeito a essa pandemia que está em todas as bocas. E em meio ao medo e às regras de comportamento, proíbe-se o melhor dos contatos: o convívio entre crianças e seus avós, pais e filhos que moram em lugares diferentes. E como explicar para os mesmos que não haverá mais os encontros como antes?
Enquanto isso, na telinha, informações sem fim de reforço sobre as precauções, distanciamento e isolamento a fim de minimizar o número surreal, que no descontrole tende a crescer de doentes e, por consequência, mortes. Não temos saída. O mundo mudou e temos que nos adaptar, sabe-se lá por quanto tempo.
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