Sabe-se que a humanidade, de tempos em tempos, se depara com constatações da existência do inexorável, inflexível e assim foi com a insuspeitada fragilidade do ambiente que a cerca. Em algumas rodas de conversa, é só abrir a boca para falar do tema ambiental que alguns, que não se importam com a causa, já taxam o indivíduo: "Lá vem o Ecochato! Ô Biodesagradável!".
ECOCHATO ou BIODESAGRADÁVEL, também chamados de loucos ou histéricos, são palavras que atualmente tem sido usadas para definir pessoas que falam mais sobre Meio Ambiente do que fazem por ele, muitas vezes sem realizar estudos, reproduzindo informações equivocadas ou falsas, iniciam revoluções e revoltas, muitas vezes até sem fundamento e sem preocupar-se com as responsabilidades civis ou jurídicas do tema.
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Entretanto, também são adjetivos que pretendem ofender um grupo de pessoas ou entidades que desenvolvem um trabalho pela causa do tripé da Sustentabilidade e essa reação distinta se deve às diferenças culturais, psicológicas, sociais, sustentáveis, religiosas e a uma série de outras influências que se interconectam, chocando-se contra hábitos arraigados, tradições culturais, ignorância, interesses políticos e econômicos, entre outros fatores.
Talvez você seja um cidadão qualquer que não faz parte das suas preferências as causas da Natureza. Mas isso não dá o direito a injuriar ou ofender quem está tentando fazer alguma coisa para melhorar o planeta no qual VOCÊ também vive.
De fato, existem movimentos inadequados, que prestam uma desinformação ou geram pandemia ao público. Mas isso não quer dizer que outros não estejam trabalhando em defesa da causa natural, mesmo que desempenhem alguma outra atividade profissional.
Assim, Ambientalista ou Ecologista são pessoas, profissionais ou entidades que se envolvem, estudam e se especializam na causa da proteção da Natureza e na aplicação do Desenvolvimento Sustentável, tratando da preservação do meio ambiente, das condições de vida, das intercorrelações e existência no planeta, responsáveis por avaliar a dimensão das alterações benéficas ou prejudiciais ao meio ambiente causadas pelas atividades do homem.
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O estudioso Hector Ricardo Leis, no livro "Ambientalismo e Relações Internacionais na Rio-92". In: Lua Nova: Revista de cultura de política, 1993;(31):94 fala que o ambientalismo não pode ser apenas idealista ou utópico, pois seria como pretender predeterminar o futuro abandonando a história. Tampouco pode ser apenas realista, já que perderia seu caráter emancipatório frente a um mundo organizado instrumentalmente em torno do mercado e do Estado-nação.
Assim, a heterogeneidade que caracteriza o ambientalismo é considerada, por muitos de seus integrantes, como um de seus pontos fortes, permitindo-lhe trocar e absorver uma vasta gama de interesses e conhecimentos e tocar nas mais diversas questões.
Andando pelas ruas (seja pelo trabalho comunitário, seja pelo trabalho de assessoria ambiental) e conversando com muitas personalidades marcantes de nossa cidade, tenho recebido críticas, as quais me chamam de Ecochata e outros adjetivos de mais baixo calão pela busca dos direitos de nossas comunidades carentes, principalmente no Bairro Passo Fundo.
Não que o quê as pessoas falam me incomode, porque isso me diz mais sobre elas do que sobre mim mesma, mas tal informação me fez refletir e procurar as devidas definições sobre quem são, o que fazem e como fazem os Ecochatos e os Ambientalistas. Afinal, informação é tudo!
Gosto de meio ambiente desde que me entendo por gente. Meus programas de TV e livros favoritos eram sobre natureza e todos os estudos que fiz na faculdade, no mestrado e serão no doutorado pela preservação do Meio Ambiente. Quando mudei para Guaíba, foi natural que a causa me chamasse atenção, visto vários problemas, principalmente pela falta de cumprimento da legislação vigente e fiscalização adequada.
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Assim, se você é contra algo, tenha fundamentos. Tenha princípios. Pesquise sobre o tema. Saiba do quê e de quem está falando antes de criticar. É feio ficar denegrindo as pessoas e o seu trabalho. Entenda o óbvio, que tem gente que trabalha muito para limpar a “caca” de um poder público inerte e que o real problema nem sempre é aquele que se pensou que era. Pode ser bem pior!
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