A CIA (Agência Central de Inteligência) dos Estados Unidos divulgou, no último sábado (25), uma mudança significativa em sua avaliação sobre a origem da pandemia de Covid-19. Agora, a agência considera “mais provável” que o vírus tenha surgido de um vazamento em laboratório, em vez de uma transmissão natural. A informação foi publicada pela Agência Reuters e repercutida por outros veículos internacionais.
De acordo com o jornal The New York Times, a nova postura da CIA não foi motivada por descobertas recentes, mas por uma reavaliação das evidências obtidas anteriormente. Essa revisão foi iniciada ainda durante o governo de Joe Biden, a pedido de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional.
John Ratcliffe, atual diretor da CIA, e defensor declarado da teoria do vazamento, reforçou em entrevista ao site Breitbart que investigar as origens da pandemia é prioridade. “Nossa inteligência, ciência e bom senso realmente indicam que a origem da Covid foi um vazamento no Instituto de Virologia de Wuhan“, declarou. No entanto, funcionários da agência negam que a mudança de posicionamento esteja relacionada à chegada do novo diretor.
Divergências entre agências de inteligência
Além da CIA, o FBI e o Departamento de Energia também consideram o vazamento em laboratório como a hipótese mais provável. Contudo, as agências divergem sobre os detalhes: enquanto o FBI aponta para o Instituto de Virologia de Wuhan, o Departamento de Energia indica o Centro de Controle de Doenças da mesma cidade. Por outro lado, outras cinco agências, incluindo o Conselho Nacional de Inteligência, ainda sustentam que a transmissão natural é mais plausível. Todas essas avaliações, no entanto, são classificadas como de “baixa confiança”.
Os investigadores enfrentam desafios significativos para comprovar qualquer uma das teorias. No caso da transmissão natural, seria necessário identificar o animal que serviu como hospedeiro intermediário para o vírus. Já a hipótese do vazamento demanda evidências de que laboratórios em Wuhan estavam manipulando um vírus precursor da Covid-19.
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