O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo (04) a adoção de uma tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora do território norte-americano e posteriormente exibidos no país. A medida foi divulgada por meio de publicação na plataforma Truth Social e representa uma nova frente da política comercial do atual governo.
Segundo o presidente, o objetivo da tarifa é conter a transferência de produções cinematográficas para o exterior. Ele afirmou que estúdios e cineastas norte-americanos têm optado por gravar fora dos Estados Unidos devido a incentivos oferecidos por outros países, o que, em sua avaliação, tem gerado impacto negativo sobre a indústria audiovisual nacional.
“Estou autorizando o Departamento de Comércio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos a iniciar imediatamente o processo de imposição de uma tarifa de 100% sobre qualquer filme que entre no nosso país e tenha sido produzido no exterior”, escreveu Trump. Ainda de acordo com ele, o atual cenário representa um esforço coordenado de outros governos que estaria, segundo sua avaliação, prejudicando economicamente o setor e comprometendo a segurança nacional.
A decisão ainda não foi acompanhada de detalhes técnicos sobre a forma como as tarifas serão aplicadas, tampouco foram mencionadas possíveis exceções ou o impacto sobre séries de televisão e outras produções audiovisuais. A medida, no entanto, reacende o debate sobre o protecionismo nas políticas culturais e comerciais do país.
Críticos da política comercial do governo Trump já manifestaram preocupação com os possíveis desdobramentos da tarifa, tanto para o setor cinematográfico quanto para as relações comerciais com outros países. Nos últimos anos, o governo norte-americano tem adotado uma série de tarifas sobre produtos e serviços estrangeiros, em diferentes setores da economia.
Ainda não há previsão de quando a nova tarifa entrará em vigor nem informações sobre eventuais negociações com países exportadores de conteúdo audiovisual para o mercado norte-americano.
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