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Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025

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Governo da Espanha Envia 10 Mil Homens para Ajudar Valência Após Devastadoras Enchentes

Cidade enfrenta destruição em grande escala após chuvas torrenciais; número de mortos chega a 211.

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Governo da Espanha Envia 10 Mil Homens para Ajudar Valência Após Devastadoras Enchentes
Foto mostra carros sobre ferrovia destruída após fortes chuvas em Sedaví, na província de Valência, na Espanha, no dia 2 de novembro de 2024 — Foto: Eva Mañez/Reuters/G1
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Na terça-feira, 29 de outubro, Valência, terceira maior cidade da Espanha, foi devastada por uma enchente histórica provocada por chuvas torrenciais. O fenômeno, que durou apenas oito horas, resultou na morte de 211 pessoas e causou severos danos materiais, deixando ruas inundadas, carros empilhados e a população sem acesso a alimentos, energia e água. As autoridades locais declararam situação de calamidade, e, para lidar com a crise, o governo espanhol mobilizou 10 mil homens, incluindo 5 mil soldados e 5 mil policiais, para atuar nas operações de resgate e recuperação.

A enchente arrastou veículos, derrubou fios de energia e transformou as ruas em rios de lama. Em alguns bairros, como Torrente, residentes relataram saques em supermercados devido à escassez de produtos e à falta de controle da polícia. "A polícia não tem mais controle de nada. Esse bairro não tem luz, não tem água", afirmou o brasileiro Flávio Resende Júnior, morador de Valência.

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Além dos militares, milhares de voluntários chegaram à cidade para auxiliar nos trabalhos de limpeza e distribuição de alimentos. O Exército, em colaboração com as autoridades locais, está concentrando esforços nas áreas mais afetadas, principalmente no sul de Valência, onde a destruição foi mais intensa. A ajuda humanitária inclui o envio de alimentos, água e suprimentos essenciais.

O ministro dos Transportes e Mobilidade, Óscar Puente, alertou que cerca de 80 km de rodovias no leste do país estão bloqueadas ou danificadas, dificultando ainda mais o acesso às áreas afetadas. A situação foi agravada pela falta de comunicação imediata: moradores acusaram o governo de demorar para enviar alertas sobre o risco da enchente. O primeiro-ministro Pedro Sánchez pediu, em pronunciamento, que a população seguisse as recomendações das autoridades e evitasse sair de casa, uma vez que a tempestade ainda não havia cessado.

Cientistas apontam que a intensidade das chuvas está relacionada ao aumento das temperaturas do mar Mediterrâneo, um efeito das mudanças climáticas. Este evento é considerado a pior enchente na região em mais de um século.

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