O Rio Grande do Sul registrou, em 2024, o maior índice de excesso de peso entre adolescentes de 10 a 19 anos no país, com cerca de 40% dessa faixa etária afetada, segundo dados da ImpulsoGov com base no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do SUS (Sisvan). Em comparação com 2014, quando o percentual era de 34%, o número aumentou seis pontos percentuais, consolidando o estado no topo do ranking nacional.

A pesquisa também indica que a prevalência de sobrepeso entre adolescentes cresceu em quase todos os estados brasileiros na última década. Entre os fatores relacionados estão hábitos alimentares e comportamento sedentário: em 2024, 81% dos adolescentes consumiram alimentos ultraprocessados, e 61% realizaram refeições diante de telas, como televisão ou celular. O consumo de hambúrgueres e embutidos atingiu quase metade desse grupo, refletindo padrões de comportamento típicos da adolescência, incluindo menor atividade física.
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) mostram que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos passam mais de três horas diárias em frente a telas, contribuindo para a inatividade física.

Entre as crianças gaúchas, o cenário foi diferente: o percentual de excesso de peso caiu de 19% em 2014 para 16% em 2024, seguindo a tendência nacional, que passou de 17,7% para 13,9% no mesmo período. Apesar da redução, os índices do Rio Grande do Sul permanecem acima da média de outras unidades da federação.
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