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Domingo, 25 de Maio de 2025

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Rendimento médio dos brasileiros chega a R$ 3.057, recorde desde 2012, aponta IBGE

Levantamento mostra crescimento de 2,9% no rendimento médio em 2024; maior parte da renda vem do trabalho

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Rendimento médio dos brasileiros chega a R$ 3.057, recorde desde 2012, aponta IBGE
Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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O rendimento médio real da população brasileira foi de R$ 3.057 em 2024, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse valor representa o maior registrado desde 2012, início da série histórica da pesquisa.

O montante considera rendimentos provenientes de diversas fontes, como trabalho, aposentadorias, pensões, programas sociais, aplicações financeiras, aluguéis e bolsas de estudo. Em comparação com 2023, houve aumento de 2,9%. Frente a 2019, antes da pandemia, o crescimento foi de 3,3%.

O levantamento também indica que 66,1% da população residente no país recebeu algum tipo de rendimento em 2024, o equivalente a aproximadamente 143,4 milhões de pessoas. Em 2023, esse percentual era de 64,9%.

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O rendimento domiciliar per capita — média do total de rendimentos dividido pelo número de moradores de cada domicílio — foi de R$ 2.020, também o maior da série histórica. Esse valor corresponde a um crescimento de 4,7% em relação ao ano anterior e de 19,1% em relação a 2012.

Em 2024, 47% da população com 14 anos ou mais obteve rendimento por trabalho, o maior percentual já registrado pela Pnad. O rendimento médio recebido por trabalho chegou a R$ 3.225, superando o recorde anterior de R$ 3.160, registrado em 2020.

A renda proveniente do trabalho representou 74,9% do total dos rendimentos domiciliares, enquanto as demais fontes corresponderam a 25,1%. Entre estas, destacam-se os seguintes grupos:

  • Aposentadoria e pensão: 13,5% da população, com média de R$ 2.520;

  • Programas sociais: 9,2%, com média de R$ 771;

  • Pensão alimentícia, doações e mesadas: 2,2%, com média de R$ 836;

  • Aluguel e arrendamento: 1,8%, com média de R$ 2.159;

  • Outras fontes: 1,6%, com média de R$ 2.135.

A categoria “outros rendimentos” apresentou a maior variação positiva entre 2023 e 2024, com aumento de 12%. Nela estão incluídos itens como seguro-desemprego, aplicações financeiras, bolsas de estudo, direitos autorais e patentes.

A massa de rendimento mensal domiciliar per capita somou R$ 438,3 bilhões em 2024, maior valor desde o início da série. Esse montante é 5,4% superior ao de 2023 e 15% acima do de 2019. Desse total, R$ 328,6 bilhões foram provenientes de rendimentos do trabalho.

Regionalmente, a maior massa de rendimento foi registrada no Sudeste, com R$ 217,4 bilhões, equivalente a 49,6% do total nacional. O Sul (R$ 77,3 bilhões) e o Nordeste (R$ 76,9 bilhões) responderam por cerca de um terço da massa total. As regiões Centro-Oeste (R$ 40 bilhões) e Norte (R$ 26,7 bilhões) representaram, juntas, cerca de 15% do total nacional.

Todas as regiões apresentaram aumento na massa de rendimento entre 2023 e 2024. Os maiores crescimentos foram registrados no Sul (11,9%) e no Nordeste (11,1%).

FONTE/CRÉDITOS: Agência Brasil
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