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Sabado, 08 de Fevereiro de 2025

🚔 Segurança e Polícia

Catarina Palse: a primeira serial killer do RS que esteve envolvida com os Crimes da Rua do Arvoredo.

Ela permanece uma das personagens mais controversas da história de Porto Alegre, simbolizando o lado mais sombrio e intrigante do passado da cidade

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
Catarina Palse: a primeira serial killer do RS que esteve envolvida com os Crimes da Rua do Arvoredo.
Reprodução/AHRS/Porto Alegre 24 horas/Canva
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O caso recente do bolo envenenado de Torres que deixou ao menos três vítimas fatais em dezembro está chocando o Rio Grande do Sul e do Brasil. Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, foi presa como a principal suspeita de ter cometido o crime. A Polícia Civil está investigando outras mortes suspeitas que possam ter ligação com a mulher. Contudo, a conclusão que todos chegaram é que se trata de uma assassina em série (popularmente conhecido como “serial killers). 

Contudo, Deise está longe de ser a primeira criminosa do tipo em território gaúcho. Entre os anos de 1863 e 1864, em Porto Alegre, um dos casos mais emblemáticos da história policial gaúcha e brasileira viria a ser descoberto. E curiosamente, ela envolvia um casal de serial killers: José Ramos e de sua companheira, Catarina Palse. O caso, que ficou conhecido como “Os Crimes da Rua do Arvoredo”, entrou para a história porto-alegrense e passou a se tornar parte da cultura local.

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De origem húngara, se acredita que Catarina Palse tenha emigrado para o Brasil em busca de uma nova vida, mas acabou se tornando cúmplice de José Ramos, seu companheiro. Ela teria desempenhado um papel ativo no plano que envolvia o assassinato de homens solitários e o uso de seus corpos na fabricação de linguiças que eram vendidas no açougue. Pouco se sabe sobre a vida de Catarina antes de sua chegada a Porto Alegre, mas relatos da época a descrevem como uma mulher manipuladora e fria, que utilizava seu carisma para atrair as vítimas ao açougue. Além de ajudar a executar os assassinatos, ela teria colaborado na administração do comércio e na produção das linguiças, supostamente feitas com carne humana.

Embora algumas fontes históricas tratem Catarina como uma peça essencial nos crimes, outras sugerem que sua participação pode ter sido menos ativa do que se imagina, levantando questões sobre o papel das mulheres em narrativas sensacionalistas da época. O fato é que ela foi julgada e condenada pelos crimes, enfrentando as consequências de seus atos ao lado de José Ramos.

O destino exato de Catarina Palse permanece envolto em mistério, com informações históricas fragmentadas e muitas vezes contraditórias. Enquanto José Ramos foi condenado à prisão e morreu no presídio em Desterro (atual Florianópolis), o desfecho de Catarina não é tão claro. Há poucas informações concretas sobre o que aconteceu com ela após o julgamento. Algumas versões indicam que ela foi sentenciada a um longo período de prisão, enquanto outras sugerem que ela pode ter escapado de uma condenação mais severa devido a lacunas nas evidências de sua participação direta nos crimes. Há também especulações de que, após cumprir pena, ela teria desaparecido ou vivido de forma discreta em outro lugar, longe dos holofotes e do estigma associado ao caso.

A escassez de registros oficiais sobre Catarina Palse dificulta a reconstrução precisa de seu destino, o que contribuiu para transformá-la em uma figura ainda mais enigmática. Sua participação nos crimes da Rua do Arvoredo continua a ser objeto de debates e especulações, alimentando o fascínio em torno dessa história que mistura elementos reais e folclóricos.

Seja como cúmplice ativa ou figura manipulada por José Ramos, Catarina Palse permanece uma das personagens mais controversas da história de Porto Alegre, simbolizando o lado mais sombrio e intrigante do passado da cidade.

FONTE/CRÉDITOS: Porto Alegre 24 horas
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